11 de fevereiro de 2025

Apesar de balanço do Ministério da Saúde apontar que todas as vagas do Programa Mais Médicos na Bahia foram preenchidas na primeira etapa de inscrições, a realidade se mostra diferente, especialmente nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Do total de 19 vagas abertas no edital, 10 já foram recusadas pelos profissionais.

De acordo com Itana Miranda, chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena do DSEI Bahia, além das desistências, há ainda um médico com um pedido não previsto no edital, de iniciar sua atividade apenas em janeiro de 2019. Dessa forma, apenas oito profissionais estão atuando nas comunidades indígenas baianas.

“Nós tínhamos necessidade de 19 médicos. No total, tínhamos 20 médicos do programa, sendo uma brasileira. Quando foram abertas as inscrições, tivemos adesão de 100%. Todos os 19 foram inscritos, compareceram e, quando fizemos o processo de explicar como funciona a saúde indígena e onde eles iriam ficar – não nos municípios, mas nas aldeias -, muitos desistiram”, explicou, em entrevista ao Bahia Notícias.

No estado, vivem 23 etnias indígenas, distribuídas em nove distritos sanitários: Euclides da Cunha, Ibotirama, Ilhéus, Itamaraju, Juazeiro, Pau Brasil, Paulo Afonso, Porto Seguro e Ribeira do Pombal. Os DSEIs com maior adesão no Mais Médicos foram aqueles localizados em municípios mais desenvolvidos, como Ilhéus e Porto Seguro.

“A maioria já chega com pensamento de ir para uma cidade mais centralizada, como Ilhéus e Porto Seguro, mas nós temos lugares como Ibotirama, onde as aldeias ficam distantes e com difícil acesso”, afirmou o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena da Bahia (Condisi-BA), Sérgio Bute.

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