Foto: SECOM

A crise econômica teve um forte impacto nos pequenos negócios do país. E o Índice de Sobrevivência elaborado pelo Sebrae considera até os dois primeiros anos de vida os maiores riscos de uma empresa fechar as portas. Um estudo recente realizado pela Unidade de Gestão Estratégica (UGE), divulgou relatórios que demonstram as alterações no universo dos pequenos negócios baianos durante os meses de dezembro de 2017 e janeiro de 2018. Na Bahia, houve o fechamento de 5.603 postos de trabalhos mas, na contramão do índice negativo, o município de Ilhéus foi a Regional com o melhor resultado para as Micro e Pequenas Empresas (MPE), com abertura de 121 novos postos de trabalho, aponta o relatório.

Ao comemorar os números, o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, destacou que o município tem desenvolvido ações de apoio e orientação aos empreendedores para a melhoria no comércio da cidade. Para ele, a evolução para microempresa tem sido uma forte tendência, mesmo em meio as dificuldades. “A grande maioria dos microempreendedores demonstra que quer crescer, faturar mais e expandir seus negócios. Essa ascensão empresarial é muito positiva não só para esses empreendedores, mas para a economia como um todo”, salienta.

Sala e mutirões – Para contornar a crise econômica que assola o país, a Prefeitura, em parceira com o Sebrae, ampliou o espaço destinado para o atendimento dos empreendedores de Ilhéus. Trata-se da Sala do Empreendedor, antes denominado de Balcão. Um ambiente que oferece conforto, tecnologia e uma diversidade de serviços ao público. Do outro lado da cidade, a secretaria municipal de Indústria e Comércio (Sedic), promove os mutirões itinerantes nos bairros. No posto de referência, os profissionais preenchem a Declaração Anual do Microempreendedor (DAM) e ainda contam com os serviços de atualização de cadastro e abertura de novas pequenas empresas.

Menor cancelamento – Em consideração ao levantamento feito pela Receita Federal em todo o sul da Bahia, o município de Ilhéus foi o que teve o menor percentual de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJs) e MEIs cancelados este ano. Dos 6.509 trabalhadores formalizados no município, apenas 277 perderam a condição de microempreendedor, o que representa um índice de 4,08 por cento. O vizinho município de Itabuna, por exemplo, atingiu o índice 11,72 por cento, enquanto que Arataca registrou o maior índice de cancelamento, com 30,47 por cento, segundo levantamento do Sebrae.

Depois de ter trabalhado durante 16 anos no comércio de Ilhéus, Gildasi Gomes, 43 anos, ficou desempregada. Decidiu neste ano, trabalhar por conta própria. Sem dinheiro e com um financiamento imobiliário para pagar, começou a venda de cosméticos informalmente. Depois que ficou sabendo do mutirão dos microempreendedores, buscou o posto de atendimento, na Associação de Moradores do bairro Teotônio Vilela, para fazer abertura de sua empresa. “Tornei esse trabalho informal em minha renda principal e estou ganhando dinheiro mais que na atividade anterior. Esse cadastramento do microempreendedor é muito importante para manter meus direitos como trabalhadora”, ressaltou. Conforme diz a Secom.

::Publicidade
Compartilhar Post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *