Conhecida pelas suas belas praias e arquitetura colonial, a cidade baiana de Ilhéus é também um berço esportivo, atraindo praticantes do surfe e variações de modalidades aquáticas, como também as atividades na areia. No entanto, dois dos principais atletas nascidos no município fizeram seu nome em outros esportes: o futebol e o atletismo.
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Aldair Santos do Nascimento foi um dos grandes zagueiros da história da seleção brasileira. Disputou três Copas do Mundo, ganhou uma delas, fez carreira no exterior e se tornou ídolo dos torcedores da Roma, na Itália, onde jogou por 13 anos e conquistou três títulos, o maior deles a liga nacional de 2000/01. Em 25 anos de carreira, também defendeu as cores do Flamengo e Rio Branco (ambos do Brasil), Benfica (Portugal), Genoa (Itália) e Murata (San Marino).
Convocado para a Copa de 1990, o ilheense não disputou nenhum jogo e ficou bastante insatisfeito com o técnico Sebastião Lazaroni. Quatro anos mais tarde, já sob o comando de Carlos Alberto Parreira, deu a volta por cima, assumiu a titularidade da zaga após as contusões de Ricardo Gomes e Ricardo Rocha e acabou sendo o guardião do tetra. Ele também conquistou pela seleção os títulos da Copa América de 1989 e 1997 e da Copa das Confederações de 1997, além da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996.
Diferentemente dos Mundiais anteriores, Aldair chegou à França, em 1998, como um dos principais destaques da seleção brasileira, sendo titular em todas as partidas da campanha até a decisão. Ao lado de Júnior Baiano na defesa, ajudou o time nas emocionantes e apertadas vitórias sobre a Dinamarca, campeã europeia de 1992, naquela que foi uma das maiores zebras da história do futebol, e contra a forte equipe da Holanda na semifinal.
Após o amargo vice-campeonato contra os anfitriões, ele chegou a anunciar sua aposentadoria da esquadra nacional, mas se arrependeu menos de um ano depois e atuou com a camisa verde e amarela até junho de 2000. Em 2004, decidiu pendurar as chuteiras, mas retornou aos gramados no ano seguinte, encerrando a carreira de forma definitiva somente em 2010, aos 45 anos de idade, quando atuava pelo Murata, de San Marino.
Campeã no verão e no inverno
Também nascida em Ilhéus, Luciana Alves dos Santos foi uma atleta de ponta no atletismo, atuando principalmente no salto triplo, sendo hexacampeã paulista, bicampeã brasileira e campeã sul-americana. Também teve grande destaque nas provas de salto em distância, 100 metros rasos e revezamento 4x100m. Ao longo da carreira, representou o país nos principais eventos internacionais, como Copas do Mundo, Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro de 2007 e Olimpíadas de 2000 e 2004, em Sydney e Atenas, respectivamente.
Seu melhor resultado nessas competições foi o sexto lugar no 4x100m no Pan do Rio, ao lado de Thatiana Ignácio, Lucimar Moura e Thaissa Presti. Três anos antes, nos Jogos da Grécia, as brasileiras cruzaram a linha de chegada na quarta posição da primeira bateria, ficando fora da final. Já na Austrália, a competidora ilheense disputou o salto em distância, mas não passou das eliminatórias.
O que pouca gente sabe é que Luciana conciliou sua carreira no atletismo com atividades em uma modalidade olímpica de inverno, o bobsled. Conhecido também como “Fórmula 1 do gelo”, o esporte se baseia numa corrida de trenó em pistas congeladas. Em 2002, a atleta brasileira chegou inclusive a conquistar uma etapa da Copa América.
Outros ilheenses do esporte
Além de Aldair e Luciana, Ilhéus também é a casa de outras figuras do mundo do futebol. Nasceram na “Princesinha do Sul” o ex-lateral esquerdo Fernandinho, com passagens pelo Vasco, Cruzeiro e Atlético-MG, o zagueiro Ricardo Nascimento, que começou sua carreira no Palmeiras, o ex-volante Ricardo Baiano, primeiro jogador de origem negra e único não europeu a atuar pela seleção da Bósnia, e o ex-árbitro Sidrack Marinho, que apitou as finais do Brasileirão em 1995 e 1997 e da Copa do Brasil de 1996 e 1998.
Estudante do Bacharelado em Políticas Públicas (UFSB), Licenciado em Ciências Humanas e Sociais e suas tecnologias (UFSB), Pós-graduado em Tecnologias WEB (UNOPAR), Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (UNOPAR) & Técnico em redes computadores (SENAI-BA). Jornalista-MTE, sob o número 0006311/BA
“A macaxeira é popular
É macaxeira pr’ali, macaxeira pra cá
E em tudo que é farinhada a macaxeira tá.” (Djavan)