Charge de Machado da Folha de São Paulo

Não acredito que nenhum dos atuais quadros da política local sejam capazes de transferir votos para outros candidatos, num determinado cargo, na disputa eleitoral.

É bastante provável, entretanto, que vários deles sejam capazes, sim, de transferir reduto eleitoral, “as bases” – o que é outra história.

O reduto é uma região normalmente controlada, política e eleitoralmente, por algum cacique com força e poder reconhecidos pela população local.

Assim, o mais provável é que essa transferência aconteça sem maiores traumas, mesmo que o eleitor que vai à urna em outubro nem saiba nem conheça em quem está votando.

Esta é uma realidade perversa, ainda que imaginemos que ela será superada pela indignação provocada pelo noticiário cotidiano.

Não é o caso, pelo menos por enquanto.

O eleitor do reduto normalmente depende em quase tudo do cacique político da região, por absoluta falta de possibilidade de que seja diferente.

Comportamento mais grave pode ser o do eleitor “livre” – e crítico – que pretende se ausentar das urnas quando outubro chegar.

Estará apenas mantendo o cenário atual (por mais que xingue os “políticos profissionais”).

Cá pra nós: trocar apoio por emprego para parentes e aderentes não é também um ato digno de aplauso – perde a sociedade.

Em tempo…

Só três personagens da história do Brasil, ao que me parece, foram capazes de transferir votos (verdadeiramente): Getúlio Vargas, Leonel Brizola e Lula.

Fonte consultada: Ricardo Mota

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