Um estudo foi realizado com o objetivo determinar a prevalência e descrever a distribuição geográfica da hepatite C na Bahia, pois esses dados eram desconhecidos até o momento. O grupo de cientistas, liderado pela pesquisadora Maria Fernanda Grassi, da Fiocruz Bahia, analisou dados de 247.837 exames sorológicos realizados no Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-Ba), entre 2004 e 2013. Os resultados foram publicados no American Journal of Tropical Medicine and Hygiene.
Segundo o artigo, a presença de anticorpos da hepatite C foi detectada em amostras de todas as sete mesorregiões e em 31 das 32 microrregiões da Bahia. A prevalência global do vírus no estado foi estimada em 1,3%, correspondendo a taxa de infecção de 21,2 para cada 100 mil habitantes. As taxas de soroprevalência foram de 3,7% entre os homens e 0,69% entre as mulheres. Entre os participantes, trinta casos positivos tinham 15 anos ou menos, incluindo três indivíduos com menos de 4 anos.
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Os achados apontam que as microrregiões com as taxas mais altas de anticorpos da hepatite C foram Ilhéus-Itabuna, Feira de Santana, Porto Seguro, Salvador, Jacobina, e Senhor do Bonfim, que se caracterizam como os grandes polos econômicos do estado. O município de Ipiaú teve a maior taxa, com 112 pessoas infectadas por 100 mil habitantes.
Sete áreas demonstraram mais de 20 casos positivos de hepatite C por 100 mil habitantes, são elas Região Metropolitana de Salvador (53/100 mil), Senhor do Bonfim (29/100 mil), Juazeiro (28/100 mil), Paulo Afonso (27/100 mil), Porto Seguro (25/100 mil), Feira de Santana (23/100 mil), e Ilhéus-Itabuna (21/100 mil). Os autores do trabalho explicam que as altas taxas podem estar associadas com o uso de drogas intravenosas, bem como maior acesso ao diagnóstico. Com relação aos genótipos do vírus, o 1 e 3 foram considerados os mais prevalentes, seguidos pelos genótipos 2, 4 e 5.
No trabalho, os pesquisadores ressaltam que estudos avaliando os fatores de risco associados com a presença de hepatite C nessas áreas devem ser realizados para apoiar políticas públicas de prevenção mais eficazes e identificar pacientes que precisam de tratamento.
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.