A região da floresta amazônica é conhecida como sendo o abrigo da maior diversidade do mundo onde podem ser encontradas milhares de espécies vegetais, animais e de micro-organismos.
É um importante local de estudo por diversos cientistas que procuram conhecer melhor as espécies que habitam neste local, onde se contabilizam mais de 30 milhões de espécies e se acredita que muitas mais estarão por conhecer.
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Relativamente aos animais, são muitos os que são característicos desta região e que se tornaram populares graças às lendas dos nossos ancestrais e ao aproveitamento da sua imagem mítica por parte de diversas indústrias.
Infelizmente devido ao aumento das áreas destinadas à urbanização e à expansão agrícola, a mais importante bioma do mundo começa a ser o último local onde podem ser avistadas determinadas espécies como é o caso da onça-pintada.
Onças pintadas tem grande destaque na fauna amazônica
A onça-pintada terceiro maior felino do mundo ficou conhecida pelas antigas tribos indígenas como ‘’ya’wara’’, a fera que aterrorizava as tribos e que ainda hoje é considerada um animal imponente que desperta um misto de admiração e medo.
Com presença originalmente por toda a extensão da zona sul da América do Norte até à região central da Argentina, atualmente a sua presença está concentrada apenas em algumas zonas do Brasil como a região da amazônia.
Apesar de a sua presença ser cada vez mais rara, a onça-pintada, símbolo de força pelas antigas civilizações, é ainda hoje utilizado como imagem de imponência por vários setores. Com o melhor exemplo disso, a marca de automóvel Jaguar (outro nome para onça-pintada) que como símbolo a imagem deste animal de forma a associar os seus automóveis a velocidade, requinte, imponência e luxo.
Além da própria imagem da marca ser a onça-pintada, também os próprios carros são desenvolvidos com base nas características do animal. A esta inspiração na natureza se dá o nome de biomimétrica, a ciência que busca inspiração na relação dos animais e plantas com o meio ambiente para criar soluções para os humanos e que pode ser observada no modelo esportivo de 1948 produzido pela marca com inspiração do felino se preparando para atacar.
A onça-preta também serve de inspiração e marca inclusive presença nas salas de cinema
A onça-preta, animal da mesma espécie da onça-pintada mas, que graças a uma mutação genética que aumenta a quantidade de melanina ganha uma coloração mais escura pode igualmente ser encontrada na região da Amazônia, apesar de ser mais comum na região de África.
Este gênero de onça não é tão comum como a pintada e talvez por isso tenha despertado tanto interesse pelas populações ancestrais que a imortalizaram nas suas lendas e atualmente onde serviram de base para heróis de quadradinhos e de telas de cinema.
Em 1966 nas histórias de quadradinhos dos ‘Fantastic Four’, o herói Pantera Negra teve direito a capa como o ‘sensacional Pantera Negra’ e ficou conhecido como o primeiro super-herói negro de uma editora ‘mainstream’ de quadradinhos norte-americanos, a Marvel Comics e que passou inclusive para as salas de cinema recentemente num filme com o mesmo nome.
A imagem da onça-negra não é utilizada apenas pela indústria cinematográfica. Também a indústria dos cassinos utiliza a imagem destes felinos imponentes para dar emoção às facilmente personalizáveis máquinas de caça-níqueis como é o caso do popular caça-níquel ‘Cats’ que conta com uma onça-negra como imagem principal.
É fundamental criar consciência acerca da proteção destas espécies
O facto da imagem destes animais serem utilizados por vários nichos como a indústria cinematográfica ou do entretenimento tem também um papel importante na consciencialização das pessoas em entender a importância da conservação destas espécies.
Ao se tornarem populares e adoradas por cada vez mais pessoas, a probabilidade de o interesse em se criarem soluções para proteger estas espécies será maior e isso se tem tornado cada vez mais importante à medida que a desflorestação da amazônia tem aumentado.
Preservar as espécies nativas de onças é fundamental para manter o equilíbrio ecológico da região e proteger o legado cultural deixado pelos nossos ancestrais.
Estudante do Bacharelado em Políticas Públicas (UFSB), Licenciado em Ciências Humanas e Sociais e suas tecnologias (UFSB), Pós-graduado em Tecnologias WEB (UNOPAR), Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (UNOPAR) & Técnico em redes computadores (SENAI-BA). Jornalista-MTE, sob o número 0006311/BA
“A macaxeira é popular
É macaxeira pr’ali, macaxeira pra cá
E em tudo que é farinhada a macaxeira tá.” (Djavan)