15 de fevereiro de 2025

 

A Polícia Federal prendeu na manhã deste sábado (23) um juiz de direito do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A prisão se deu em cumprimento ao mandado de prisão temporária expedido pelo Superior Tribunal de Justiça(STJ), em um desdobramento da Operação Faroeste, deflagrada no dia 19 de novembro.

O ministro do STJ, Og Fernandes, determinou, pela manhã, a prisão preventiva de Quadros Sampaio, da 5ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador, que foi afastado de suas funções desde que a Operação Faroeste foi deflagrada. A operação mira o esquema de venda de sentenças em processos sobre grilagem de terras na região Oeste da Bahia.

A operação também levou ao afastamento o presidente do TJ-BA, Gesivaldo Nascimento Britto, e os desembargadores José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel Leal e Maria do Socorro Barreto Santiago, além da juíza de primeira instância Marivalda Almeida Moutinho.

Borracheiro

A decisão de Og Fernandes também manda para a prisão temporária, de cinco dias, o borracheiro José Valter Dias, acusado de ser laranja de Adailton Maturino.

No esquema, era o nome de José Valter Dias que constava nos pedidos de transferência de 360 mil hectares de terra. A área equivale a cinco vezes o tamanho de toda a cidade de Salvador e tornaria o borracheiro um ‘dos maiores latifundiários do País’, segundo o Ministério Público.

Ocorre que José Valter Dias, além de nunca ter trabalhado com agricultura, tinha 5% do capital de empresa controlada pela mulher de Adailton Maturino, suposto mentor do esquema, aponta a Procuradoria.

O ministro também estendeu a prisão temporária decretada contra Adailton Maturino, empresário que se identificava como cônsul de Guiné-Bissau e suposto idealizador do esquema, a sua mulher, Geciane Souza Maturino, o assessor do presidente do TJ-BA, Antônio Roque, e o advogado Márcio Duarte Miranda.

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