A nove dias do encerramento da campanha, a adesão à vacina contra gripe Influenza em Ilhéus está abaixo do esperado pela Prefeitura. A população tem até o dia 31 de maio para vacinar contra gripe e combater notícias falsas sobre a vacina nas redes sociais. O balanço divulgado na terça-feira (21) pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) aponta 30.078 doses aplicadas no total, o equivalente 57,19% da cobertura dos grupos de risco.

O Ministério da Saúde está preocupado e tem uma equipe de monitoramento das principais notícias nas redes sociais. Mais de 10 mil mensagens são analisadas por dia. No último sábado (18), a Sesau realizou o segundo “Dia D” nas salas de vacinas de Ilhéus. A expectativa do Setor de Imunização é que público-alvo consiga ir até as Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante a semana.

Boatos – A estudante de 18 anos, Regina Gomes Regina, grávida de cinco meses, já ouviu boatos sobre a vacina contra a gripe. Mesmo assim, foi tomar a dose recomendada para gestantes, no CAE III (antigo Sesp), centro. “Ouvi falar que as pessoas ficavam doentes após tomar a vacina e no início eu acreditei, pois nos grupos de gestantes que participo tinha muita gestante falando isso”, diz.

Notícias falsas sobre a eficácia da vacina ou sobre vírus resistentes circulam pela internet e nos grupos. “Fazem comentários para destruírem o bem que essa vacina faz para nós, principalmente os idosos”, diz a aposentada Vitória Régia. Já seu Antônio Carlos é precavido, e tomou a vacina no início da campanha. “Nessa idade, todo cuidado é pouco. Vale a pena e é bom mesmo, estou imunizado”, ressalta.

É mentira – A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta na última semana para o problema das fake news (notícias falsas) sobre saúde que circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens, muitas vezes desencorajando as pessoas a tomar vacinas. A vacina contra Influenza não causa a doença, é feita de vírus fragmentados e inativados e protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B.

A chefe do Setor de Imunização da Sesau, Walkiria Cardeal, alerta que o vírus Influenza não é como outros que causam gripe ao longo do ano. “Ele é mais grave e pode causar complicações, e a pneumonia é a mais recorrente, que leva a óbito. Gostaríamos que a cobertura estivesse um pouco maior, estamos chamando a atenção dos pais sobre a importância da vacina contra a Influenza”.

Veja a situação de cada grupo:

·         Crianças 7.956 (52.85%)

·         Trabalhador da Saúde 2.235 (77.27%)

·         Gestantes 863 (48.13%)

·         Puérperas 245 (83.05%)

·         Indígenas 1992 (45.97%)

·         Idosos 11.599 (60.01%)

·         Professores 1.136 (54.77%)

·         Comorbidades 3.346 (49.88%)

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