Equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria de Saúde de Santos investigam prováveis casos de rubéola em 13 tripulantes do navio MSC Seaview, que atracou na manhã deste sábado (16), no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Amostras biológicas dos tripulantes foram coletadas para que sejam realizados exames. O navio passou por Ilhéus na quarta (13).

De acordo com informações apuradas pelo G1, o maior navio da temporada brasileira chegou por volta das 5h30 em Santos. Com capacidade para 5.429 passageiros, ele veio de Ilha Grande (RJ), após cruzeiro de sete noites em Salvador, Ilhéus (BA) e Búzios (RJ). Por volta das 19h, ele seguirá para Balneário Camboriú, em mini roteiro de quatro noites no litoral sul do País.

Segundo a MSC, companhia responsável pelo navio, durante o cruzeiro que começou no dia 9 de fevereiro, alguns tripulantes relataram à equipe do centro médico do navio sintomas que indicavam possíveis casos de rubéola. Após uma avaliação completa realizada pela equipe médica, os tripulantes foram acompanhados até suas cabines, onde receberam cuidados médicos constantes. Ainda segundo a companhia, a Anvisa foi imediatamente comunicada.

Logo que a embarcação atracou no cais santista, na manhã deste sábado, equipes da Anvisa e da Prefeitura de Santos entraram no navio. A Secretaria de Saúde de Santos informou que uma equipe de saúde, composta por três médicos e seis profissionais de enfermagem, entrou na embarcação para dar suporte técnico à Anvisa. A Agência coletou amostras biológicas dos tripulantes para que exames sejam feitos.

A Secretária de Saúde de Santos informou ainda que os sintomas dos tripulantes não são homogêneos, que todos passam bem e estão isolados no mesmo pavimento do navio, para facilitar as medidas sanitárias. O Centro Médico do Navio está investigando a carteira de vacinação dos mais de 1.500 tripulantes para informar às autoridades de Saúde e verificar quem já é vacinado contra a rubéola.

De acordo com informações obtidas pelo G1, na manhã deste sábado, o navio emitiu um comunicado sonoro orientando todos os passageiros sobre os sinais da doença e os procedimentos caso os sintomas venham a ocorrer. Os passageiros e bagagens foram liberados para desembarque. E, o embarque dos próximos hóspedes ocorreu como planejado.

Os funcionários que estão com a suspeita da doença permanecem isolados em suas cabines. Em Santos, desembarcaram 50 tripulantes que não apresentam nenhum sintoma, mesmo assim, os locais para onde eles vão serão cadastrados, para que possíveis novos casos possam ser notificados.

A MSC disse, por meio de nota, que aguarda o relatório médico oficial e, portanto, não pode fornecer mais informações neste momento. “Este é um procedimento padrão e estamos trabalhado em estreita colaboração com a Anvisa. O desembarque dos hóspedes já foi concluído e o embarque dos próximos hóspedes está ocorrendo como planejado”, afirmou a MSC.

Rubéola
 
A doença, também conhecida como “sarampo alemão”, é causada por vírus. O paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dor de cabeça e nas articulações, gânglios aumentados no pescoço e atrás da orelha, entre outros. A transmissão acontece por via direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.

Não há tratamento específico para a rubéola. Em caso de suspeita, a pessoa deve imediatamente procurar orientação médica. Quando o vírus é contraído por mulheres no início da gravidez, pode levar ao aborto ou a defeitos congênitos como surdez, cegueira e problemas cardíacos no bebê.

A vacina Tríplice viral protege contra a rubéola, o sarampo e a caxumba. O público alvo são, principalmente, crianças. A primeira dose deve ser aos 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses. Os adultos que não foram vacinados na infância devem tomar dose única.

Informações do G1

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