Foto: Cristine Rochol/PMPA

O coordenador de imunização da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Saeb), Ramón Saavedra, não tem meias-palavras quando o assunto é o alerta nacional para evitar a volta do sarampo ao Brasil, 19 anos depois.

A doença já havia sido erradicada, mas o Ministério da Saúde divulgou números preocupantes, que revelam apenas 49% da cobertura vacinal realizada em 2018, quando a meta mínima deveria ser 95%. Para Saavedra, ampliar a cobertura vacinal requer um esforço conjunto que inclui as secretarias municipais, como forma de evitar um retrocesso indesejável da incidência desta doença.

– Urge uma mobilização de toda a sociedade para ampliarmos, já, a cobertura vacinal com uma ampla campanha de divulgação – aponta.

Na Bahia, o exemplo a ser seguido é o de municípios como São Sebastião do Passé, com 42 mil habitantes e mais de 95% de cobertura em todas as nove vacinas oferecidas, incluindo a de sarampo. Segundo Saavedra, os municípios da região oeste também estão de parabéns pelo bom desempenho, mas há muito trabalho a fazer para a Bahia recuperar o bom índice de 90% que já ostentou em 2015. Nos últimos anos, a cobertura no estado caiu seguidamente, para 85% em 2016; 76% em 2017; e chega agora a perigosos 60% no ano passado.

Risco – Para o coordenador de imunização, a população passou a ter uma percepção de risco menos apurada das doenças depois de terem sido erradicadas. Além disso, acrescentou, há o enfrentamento de falsas informações pela internet e ocorrência de grupos antivacinas.

– A população com acesso à internet, mas de pouco conhecimento, termina acreditando nestas absurdas fake news.

“Se eu tivesse que dar um conselho para quem é pai de menina, mãe de menina, era ‘foge do Brasil’. Você está no pior país da América do Sul para criar menina” – Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos, em entrevista a uma rádio, ao comentar a situação da violência contra a mulher no Brasil.

Informações do Jornal A Tarde

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