
Espécie classificada pela IUCN como em perigo (Endangered), existem, hoje, em média, 1694 araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari) na região do Raso da Catarina, Bahia. Esse foi o resultado do censo realizado entre os dias 07 e 10 de agosto, que reuniu pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cemave, Esec Raso da Catarina, Resex Canavieiras e APA Chapada do Araripe), da Fundação Biodiversitas, do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (INEMA) e da Qualis Ambiental, e mais 15 voluntários.
O censo foi realizado, pela primeira vez, nos cinco dormitórios utilizados atualmente pela Anodorhynchus leari: Serra Branca (localizada no sul da Esec Raso da Catarina), Estação Biológica de Canudos, Fazenda Barreiras, Baixa do Chico (Terra indígena dos Pankararés) e Barra do Tanque. “Isso possibilitou chegarmos a uma estimativa mais aproximada do tamanho real da população de araras-azuis-de-lear na natureza”, afirma Emanuel Barreto, analista ambiental do Cemave.
O levantamento seguiu a metodologia padrão estabelecida pelo Cemave (Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação das Aves Silvestres), com seis contagens a partir de um ponto fixo, sendo três ao amanhecer (quando as araras saem dos dormitórios para as áreas de alimentação) e três ao entardecer (quando elas retornam aos dormitórios). Em todos os pontos de contagem estabelecidos havia pelo menos dois recenseadores com binóculos, máquinas fotográficas e rádios de comunicação.
Segundo o biólogo Thiago Filadelfo, da Qualis Ambiental, foi importante a inclusão do dormitório situado na Barra do Tanque, em Euclides da Cunha, no censo, pois ele possui característica diferente dos demais dormitórios. “É o único dormitório onde as araras dormem em árvores, um hábito comportamental desconhecido para a arara-azul-de-lear até pouco tempo”, afirma o biólogo.
A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie endêmica da Caatinga, mais especificamente do Raso da Catarina, nordeste do estado da Bahia. O tráfico de animais e a destruição do seu habitat estão entre as principais ameaças sofridas pela espécie. Outro problema enfrentado pela arara-azul-de-lear é a redução provocada pela atividade humana do seu principal alimento, que são os coquinhos da palmeira licuri (Syagrus coronata).
*Com informações da Assessoria de Comunicação do ICMBio.
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), graduando em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.