O Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, vai se integrar à rede de doação de órgãos e tecidos para transplantes. Profissionais da unidade estão sendo habilitados para integrarem a Comissão que vai atuar nos casos em que forem identificados potenciais doadores, sensibilizando as famílias para que a doação ocorra.
Médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos compõem a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), que está sendo formada no HRCC, que já está credenciado como uma das unidades do Estado para a captação de órgãos e tecidos.
O diretor-geral do HRCC, Hernani Vaz Krüger, explica que a comissão é fundamental no processo de acolhimento, conscientização e sensibilização dos familiares que perderam um ente querido.
Clique aqui para fazer parte do novo CANAL do Ilhéus.Net no WhatsApp.
Clique aqui para fazer parte do GRUPO do Ilhéus.Net no WhatsApp.
“O trabalho desempenhado pela CIHDOTT é muito importante dentro da unidade hospitalar. O HRCC é referência para urgência/emergência de média e alta complexidade. Em algumas situações atende pessoas que mesmo com toda assistência prestada não conseguem sobreviver. É fundamental que a unidade disponha de uma equipe apta a dialogar com as famílias enlutadas, a fim de ajudá-las a compreender a importância da doação”, enfatiza.
A doação pode ocorrer em duas situações: córneas e múltiplos órgãos. Na doação de córneas é necessário que o coração já tenha interrompido as suas atividades. Na doação de múltiplos órgãos é preciso comprovar a morte encefálica (morte cerebral). Contudo, por meio de aparelhos, o coração deve permanecer em atividade. A comprovação atende a um protocolo rigoroso. Deve ser certificado se o paciente responde a estímulos neurológicos – procedimento que se dá com a realização de duas avaliações clínicas e um exame complementar, com intervalo de uma hora.
“A nossa função primordial é acolher a família diante da perda do ente querido, e sensibilizar sobre a importância da doação de órgãos. Doar é um ato de amor. Infelizmente muitas pessoas não têm acesso às informações, o que acaba dificultando o processo. O papel da nossa equipe é justamente esclarecer a relevância que a doação de órgãos possui”, explica Silvana Batista, enfermeira do HRCC e integrante da CIHDOTT.
De acordo com Silvana, o conhecimento a respeito do tema é um passo muito importante para a disseminação das informações na família, na esfera do trabalho e na sociedade de forma geral. O doador precisa manifestar, em vida, o desejo de que uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas, sejam doadas. Entretanto, a doação é consentida, ou seja, só pode ser realizada mediante autorização da família.
Silvana reitera que a negativa familiar é um aspecto preocupante na Bahia, pois 70% das famílias entrevistadas dizem não à doação de órgãos e tecidos, fazendo do Estado a quarta maior fila de espera do país. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), até 2017, estimava-se que no Brasil mais de 30 mil pessoas aguardavam por transplante de órgãos.
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.