A Polícia apura abuso de PMs contra estudante da Uesc Bianca Meira Santos, com inquérito policial na Delegacia da Mulher de Ilhéus e sindicância interna na 68ª Cia da Polícia Militar. As investigações vão apurar a denúncia contra cinco PMs, que teriam agredido e abusado da aluna da universidade.

A ação violenta ocorreu no dia 8 deste mês, segundo Bianca, que estuda Língua Estrangeira Aplicada às Negociações Internacionais. Ela acusa os PMs de invadir um apartamento alugado por ela no mês passado, sem mandado judicial.

“Antes que eu pudesse terminar o banho ouvi um estrondo enorme na porta do meu quarto. Quando abriu, tinha 5 policiais fortemente armados na porta do meu quarto. Daí pra frente foi uma sucessão de agressões e abusos”.


Apenas de toalha

“Eu me enrolei numa toalha e fui perguntar o que estava acontecendo ao sub tenente Agnaldo Nascimento dos Santos, que era quem estava comandando a operação. Ele me agarrou pelo pescoço e me deu tapas pesados”.

A aluna da Uesc, Bianca Meira Santos, tinha alugado um quarto mas, menos de um mês depois, a mulher com quem dividia o aluguel mandou que saísse porque a mãe, dona do imóvel, queria o quarto. Bianca foi algemada, jogada no camburão e agredida novamente.

Os policiais gritaram para os vizinhos que ela era “uma bandidinha traficante da Uesc” e a levaram para a delegacia, onde só foi ouvida de madrugada. O PM Agnaldo Nascimento dos Santos é cunhado da mulher que iniciou a confusão, segundo Bianca.

Identificados

A estudante identificou ainda um Sargento PM e um Soldado, além de outros que eram da viatura 68. O Comandante da 68ª CIPM, Major PM Robson Farias, emitiu uma nota oficial dizendo que foi aberta uma sindicância.

Apesar da nota “padrão” da PM, o comandante é questionado porque os acusados continuam trabalhando, mesmo depois de acusados de promover uma ação completamente ilegal, com invasão de domicílio sem mandado, sequestro, agressões física e verbal.

A delegada Márcia Cristina Rezende, da Delegacia da Mulher, em Ilhéus, marcou para o dia 31 de outubro os primeiros depoimentos no inquérito que vai apurar a ação dos PMs. Já o comando da 68ª CIPM afirma que a sindicância deve ser concluída em 30 dias, mas pode ser prorrogada.

Informações do Jornal A Região

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