A abertura oficial da 6ª edição da Festa Literária de Ilhéus (FLI) reuniu escritores e entusiastas de diversas formas artísticas para refletir sobre literatura, artes e suas relações com educação, inclusão e liberdade. O público marcou presença no Teatro Municipal, na noite da última quarta-feira (8). A iniciativa é promovida pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), por meio da editora universitária da Pró-Reitoria de Extensão e da Academia de Letras de Ilhéus (ALI), com o apoio da Fundação Pedro Calmon (FPC) e da Prefeitura.
A FLI 2023 segue até sexta-feira (10) e traz como tema central “Os povos originários e o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia”.
Clique aqui para fazer parte do novo CANAL do Ilhéus.Net no WhatsApp.
Clique aqui para fazer parte do GRUPO do Ilhéus.Net no WhatsApp.
Representando o prefeito Mário Alexandre, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Marcos Flávio Rhem, destacou a relevância da abordagem dentro da perspectiva histórica do município, que é um reduto de grandes escritores.
“No processo de Independência do Brasil, a Bahia foi uma grande resistência. Então, é gratificante sediar um evento dessa magnitude, com o apoio maciço da gestão do prefeito Mário Alexandre e das pessoas que acreditaram na importância da cultura para a valorização da nossa história. Quero parabenizar a UESC e a Academia de Letras por realizarem um encontro extremamente exitoso, que irá movimentar a cultura e a literatura do nosso município nos próximos dias”.
Os povos originários e o Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia
A homenageada deste ano é a líder e educadora indígena Nádia Akawã, que reside na Aldeia Tukum, no Território Tupinambá de Olivença. Ela possui licenciaturas em Artes e Linguagens e em Educação Escolar Indígena pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Além disso, Nádia é uma educadora indígena e popular, envolvida na formação de educadores indígenas na Bahia e em questões espirituais e medicinais.
Ela é conhecida por seu trabalho com ervas medicinais, cerimônias espirituais, e como guardiã de saberes ancestrais e sementes nativas. Nádia também é terapeuta holística e condutora de práticas relacionadas à cura ancestral.
A FLI oferece ao público palestras, bate-papos, lançamentos de livros, feira de livros, oficinas, música, arte e cultura, além da Flizinha, que proporcionará contação de histórias, leituras e brincadeiras. Neste ano, o evento estima receber cerca de 10 mil pessoas até o dia 10 de novembro.
“Um evento importantíssimo, não apenas para o município, mas para toda nossa região e também para o estado da Bahia, pois nós estamos em uma terra que é rica em história, por ter sido uma capitania hereditária. Aqui nós tivemos um dos maiores expoentes da literatura brasileira, nosso Jorge Amado, o autor mais traduzido até hoje em vários idiomas e aqui estamos fomentando e fazendo literatura”, afirmou Alessandro Fernandes, reitor da UESC.
Presente à abertura do evento, a secretária de Educação da Bahia, Adélia Pinheiro, pontuou que as feiras literárias são espaços propícios para o fortalecimento da aprendizagem dos estudantes. “Nós tivemos a oportunidade de apoiar, ao longo deste ano, mais de 60 feiras literárias, e aqui, na FLI, é o que permite ao nosso povo comemorar os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, ressaltando o papel que os povos originários tiveram nesse processo e que têm neste momento no nosso país”.
Sobre a Festa Literária
É uma ação que integra dois grandes eventos literários já consagrados: a Feira do Livro da UESC e o Festival Literário de Ilhéus, sendo uma correalização entre a Editus – Editora da UESC, a Secretaria Municipal de Cultura, a Academia de Letras de Ilhéus e a Fundação Pedro Calmon. O objetivo da parceria é somar esforços para oferecer uma programação diversificada e promover uma maior participação e envolvimento da comunidade regional.
“É um prazer enorme para a Academia de Letras poder abrir espaço para que essas discussões sejam cada vez mais fortes na nossa cidade. Falar desse tema, falar de literatura e da leitura é extremamente importante, porque a gente precisa cada vez mais que os jovens entendam que conhecimento é poder. Por isso, a cada ano desenvolvemos as feiras literárias com temas interessantes, que são discutidos com toda a comunidade”, acrescentou Pawlo Cidade, presidente da ALI.

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.
1 thought on “Festa Literária de Ilhéus tematiza contribuição dos povos originários para formação social do país”