Uma capela construída no século 16, localizada em Ilhéus, sofre com falta de estrutura e oferece riscos para quem frequenta o local, porque corre risco de desabar. As mudanças nos alicerces da capela de Nossa Senhora Santana são causadas pela erosão do rio Santana e preocupa moradores da região.
A igreja foi construída em 1537 e está localizada a 18 quilômetros de Ilhéus. O templo religioso é o monumento mais antigo do município e considerada a quinta igreja construída em solo brasileiro.
A capela de Nossa Senhora Santana é uma propriedade privada e a conservação é de responsabilidade dos proprietários, mas foi tombada Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1984.
A igreja já estava na localidade quando as terras foram compradas pelo pai de Maria Aparecida Maranhão e mais três irmãos, atuais proprietários da capela. A mulher informou que já tomou todas as medidas cabíveis para tentar realizar a reforma no local.
Como eu fiquei como inventariante, eu que respondo por tudo que acontece aqui. Nós não temos recursos para administrar financeiramente essa questão do aspecto que o Iphan coloca. Precisa ser um arquiteto colonial, alguém que atenda de arqueologia para reformar essas imagens e está muito difícil para gente”.
Maria Aparecida informou que entrou com uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) e espera o retorno do Iphan, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e da Prefeitura de Ilhéus.
Em nota, o Iphan informou que nos anos de 2012 e 2013 executou obras emergenciais e serviços de restauração na capela no valor de cerca de R$ 300 mil e que a construção apresentava péssimo estado de conservação, além de risco de desabar.
O secretário de cultura de Ilhéus, Geraldo Magela, informou que enviou um ofício ao Iphan e Ipac solicitando a reforma da capela e que um projeto foi enviado pela prefeitura.
“A prefeitura fez um projeto simplificado de contenção, mas não foi aprovado pelo Iphan. Nós pedimos uma solução e o Iphan sugeriu o arquiteto colonial. Nós estamos buscando parcerias para que possamos fazer o projeto do jeito que o Iphan está querendo e que possa fazer uma intervenção emergencial para evitar que a capela possa ter uma danificação maior”, disse o secretário.
Na reforma realizada pelo Iphan em 2012, o telhado, piso, instalações elétricas e hidráulicas e imagens foram restauradas, mas atualmente outras intervenções seriam necessárias. A imagem de Nossa Senhora Santana, padroeira da igreja, está danificada.
O administrador da comunidade e da capela, Ednilson Nascimento, cuida da igreja com 486 anos e recebe os turistas há 37 anos. Ele afirmou estar preocupado com a falta de intervenção, que poderia evitar outros danos para o espaço.
“Essa igreja não era assim. Ela sofreu alterações. Nós imaginamos que com o restauro volte o que foi destruído pelo tempo e pela ação humana”. Eu quero estar aqui quando ela completar 500 anos e ver a a igreja como ela foi construída” , afirmou o administrador.
Informações do G1
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), graduando em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.