
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um retrato inédito da população quilombola no país. De acordo com o relatório, divulgado nesta quinta-feira (27), o país tem 1,3 milhão de quilombolas, espalhados por 1.696 municípios, o que equivale a 0,65% da população (203,1 milhões).
Ilhéus é tem 2.163 quilombolas. O levantamento é considerado histórico. É a primeira vez que o Censo investiga os integrantes dos povos e comunidades tradicionais quilombolas, que foram reconhecidas pela Constituição de 1988. O recorte revelou que 68,19% vive no Nordeste, o equivalente a 905.415 pessoas.
Em 2022, a Bahia era o estado com a maior população quilombola do país: 397.059 pessoas, que representavam 3 em cada 10 (29,9%) dos 1.327.802 quilombolas identificados pelo Censo Demográfico, no Brasil.
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Abaixo da Bahia vinham Maranhão (269.074 quilombolas ou 20,3% do total do Brasil) e Minas Gerais (135.310 ou 20,3% do nacional). Somando-se os 5 estados com os maiores contingentes de quilombolas, chegava-se a pouco mais de 3/4 de toda a população quilombola brasileira (76,46%).
Assim como ocorria com a população, segundo o Censo 2022, a Bahia também era o estado com o maior número de domicílios particulares permanentes ocupados em que ao menos uma pessoa era quilombola: 149.287. Eles representavam 3 em cada 10 domicílios quilombolas do Brasil (31,5% dos 473.970 identificados).
As pessoas autodeclaradas quilombolas eram 2,81% da população baiana. Essa proporção foi bem superior à verificada no Brasil como um todo, onde 0,65% de toda a população era quilombola, e a 2a mais elevada do país, menor apenas do que a do Maranhão, onde 3,97% da população eram quilombolas.
Quem são os quilombolas?
Historicamente, os quilombos eram espaços de liberdade e resistência onde viviam comunidades de pessoas escravizadas fugitivas entre os séculos XVI e XIX. Cem anos depois da abolição da escravidão, a Constituição de 1988 criou a nomenclatura “comunidades remanescentes de quilombos” — expressão que foi sendo substituída pelo termo “quilombola” ao longo dos anos.
Uma pessoa que se autodetermina quilombola tem, portanto, laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive.

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.