6 de dezembro de 2023

Para custear a disputa em Porto Rico, Cauê Menezes fez vaquinha on-line e teve apoio de familiares

 

O Estado que consagrou Isaquias Queiroz na canoagem tem tudo para fortalecer um novo nome nos esportes aquáticos. Em novembro, em Porto Rico, um jovem de 18 anos, morador de Itacaré (BA), tem chances de medalha e tudo para se destacar no Mundial de SUP e Paddleboard da ISA, em San Juan.

Cauê Menezes é campeão baiano e vice-campeão brasileiro nas categorias Kids e Júnior. Além do SUP, pratica também canoagem. Em Porto Rico, disputará na categoria técnico ProJúnior. A paixão pelos esportes aquáticos começou em 2012, aos 8 anos de idade. O que começou como diversão se tornou assunto sério e ele contou com a ajuda de professores de SUP e outros praticantes na escolinha da cidade baiana.

A falta de patrocínio e dificuldades de treinar durante a pandemia não foram impedimentos para que o jovem se destacasse e organizasse as malas para a disputa do seu primeiro mundial: uma vaquinha on-line, a ajuda de familiares e o apoio da empresa CAO MKT (de São Paulo) garantirão passagem, hospedagem e o transporte da prancha e remo, essenciais para o bom desempenho nas provas.

“Quando eu comecei a competir, alguns anos atrás, as disputas eram sempre com materiais emprestados, pranchas de amigos profissionais que estavam competindo em outras categorias. Hoje, poder disputar meu primeiro mundial levando meu equipamento é uma vitória enorme”, comenta Cauê.

Desafios do esporte em família

Antes da pandemia, o jovem, que está terminando o Ensino Médio, vinha em uma crescente de vitórias. Chegou a ter patrocínio do Serviço Social da Indústria (Sesi) e ficar entre os melhores do país.

Com a retomada das competições e após uma pausa nos treinos por conta da pandemia, Cauê precisou de ânimo para voltar ao ritmo e ganhou uma incentivadora também na água.

“O Stand Up surgiu como uma brincadeira, mas quando se tornou um esporte eu acabei sempre treinando sozinho. Me sentia sozinho. Hoje, com minha mãe na água comigo, na canoa, tenho outro gás para me dedicar”, completa o jovem.

A mãe de Cauê, Gabriela Tavares, também descobriu no esporte um novo recomeço. Além de professora e psicóloga, ela criou uma equipe de canoa havaiana e vai levar o time, nos próximos meses, para a primeira competição baiana.

“Eu começo meu dia na água, treinando outras pessoas, mostrando que é possível e ajudando a transformar a vida de muita gente pelo esporte. É um desafio, mas é gratificante demais”, ressalta.

Exemplo baiano

Para Gabriela e Cauê, o exemplo do baiano Isaquias Queiroz é importante e ela lembra a diferença que o patrocínio e incentivo ao esporte podem fazer.

Isaquias fez história nas Olimpíadas Rio 2016 ao se tornar o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas olímpicas em uma mesma edição dos Jogos.

“É lindo ver todos os dias diversos jovens buscando se tornar o próximo Isaquias. Mas infelizmente ainda falta apoio para que eles possam ir às competições e se preparar para elas”, completa Gabriela.

E lembra: “Se destacar em um esporte não é só treinar e ir às competições. O jovem precisa de apoio nutricional, suplementos, treinos de força para o corpo, além de tudo que envolve ir até a competição”.

A dedicação diária faz parte da rotina do jovem atleta. Para não deixar os estudos, em Ilhéus, Cauê acorda às 5h da manhã e viaja 75 kms para chegar até a escola. Retorna para casa às 14h30 e segue para a água, onde treina diariamente no fim da tarde.

“É uma rotina puxada e eu não pretendo abandoná-la, mas preciso de patrocínio para seguir competindo. Não é um esporte barato, mas sei que com incentivo posso chegar longe na categoria adulto”, finaliza.

Próxima competição:

1º de novembro – Mundial de SUP e Paddleboard da ISA, em San Juan, Porto Rico.

Vaquinha on-line: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/campeonato-mundial-isa-de-sup

Contato para entrevistas: (73) 9 9990-5646 (Cauê Menezes)

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