dolar

O dólar comercial fechou em 5,226, com perda de 0,64%. O fluxo estrangeiro na bolsa voltou a fortalecer o real. As incertezas fiscais, porém, continuam sendo motivo de preocupação. Para amanhã, o mercado volta as suas atenções para a divulgação da inflação nos Estados Unidos.

De acordo com o economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Leal, “contra o fluxo, não há argumento. A grande dúvida, porém, é até quando vai contrabalançar as questões fiscais, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)”.

“Os ativos estão baratos pois o cenário é perigoso, os riscos fiscais altos e estamos em um ano eleitoral. Vai chegar um ponto onde não vai mais valer a pena investir no Brasil, mas ainda não se sabe qual será o catalisador disso. Uma das chances é que comece amanhã, com o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês)”, opina Leal.

De acordo com o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, “o dólar se fortalece lá fora, com a divulgação do CPI”. Rosa acredita que a inflação acelerada nos Estados Unidos pode aumentar as apostas para um aumento de 0,5% já para o mês de março.

Por outro lado, Rosa não acredita que Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (+0,54% em janeiro ante dezembro) tenha tido influência no câmbio de hoje, mas alerta: “Isso reforça as expectativas para o Banco Central (BC) continuar a subir a Selic (taxa básica de juros), que deve chegar a 12,25% ao final do ciclo”.

Para a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), de ontem, trouxe sugestão de que os juros podem subir ainda mais, o que seria positivo para a tendência de queda da taxa de câmbio”.

Os riscos fiscais, contudo, insistem em não sair de cena: “No radar temos a PEC dos Combustíveis, que agora tem assinaturas suficientes para tramitar e pode gerar preocupações e consequente aversão ao risco”, avalia Consorte.

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