E se Bolsonaro voltar para o PP, partido pelo qual foi deputado federal durante 24 anos, como fica a legenda na Bahia, pilotada por João Leão, vice-governador de Rui Costa, que é do PT?

Jabes Ribeiro, ex-prefeito de Ilhéus e secretário geral do partido na Bahia, diz que por enquanto é tudo especulação. A executiva nacional nunca tratou do assunto. Mas faz a ressalva:

— O PP tem uma larga tradição de autonomia aos seus diretórios estaduais. Em 2014, Anamélia, senadora do Rio Grande Sul, foi a vice de Aécio, e aqui ficamos com Dilma.

Deputados

O deputado Cacá Leão, filho de João Leão, líder do PP na Câmara, falando sobre a nomeação do senador Ciro Nogueira, do Piauí, para ministro-chefe da Casa Civil, evocou o ‘sacramento da independência’ para reafirmar:

— Na Bahia somos aliados do governador Rui Costa.

O próprio Ciro Nogueira, aliado dos governos de Lula e Dilma, se elegeu no Piauí na chapa do governador Wellington Dias, que é do PT, exemplo sempre evocado para ilustrar a independência dos estados.

Embutido na falação aí o recado: na Bahia, o PP fará o que quiser, e sinaliza na manutenção da aliança com o PT (leia-se Jaques Wagner).

Outro detalhe que circula em Brasília: se Bolsonaro chegar, vai sugar boa parte da grana do fundo eleitoral e tirar dinheiro, por consequência, dos 41 deputados federais do partido. Vai colar?

Texto de Levi Vasconcelos

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