6 de dezembro de 2023

(Foto: Divulgação/Terra da Felicidade)

O chocolate de origem Bahia Terra da Felicidade, da marca baiana ChOr, recebeu nesta terça-feira (22/06) o Prêmio Gourmet Bronze AVPA 2021, concedido pela Agência de Valorização dos Produtos Agrícolas (AVPA), uma organização não governamental sediada em Paris.

Produzido com 55% de concentração de cacau, o chocolate ao leite mais intenso concorreu com 81 marcas vindas de 22 países produtores de cacau. Cinco produtores conquistaram a medalha de ouro: dois do México, um do Equador, um do Peru e um de El Salvador. A prata foi para 14 produtores e o bronze para 22.

A AVPA, fundada em 2005, é uma agência de promoção de produtos agrícolas que tem relacionamento com mais de 10 mil produtores de 50 países. A agência faz tradicionalmente concursos de azeite e outros produtos e, neste ano, fez o primeiro envolvendo chocolates “bean to bar” (do grão à barra).

As amostras foram avaliadas por um júri de especialistas em chocolates, analistas sensoriais e personalidades gastronômicas mundiais. Os ganhadores dos prêmios ouro, prata e bronze receberam um diploma e poderão expor suas medalhas na embalagem.

A empresária da ChOr, Luana Lessa, disse que o propósito da marca, criada em 2013 em Ilhéus, é contribuir para o crescimento desta cadeia produtiva e mostrar ao Brasil e ao mundo o valor do cacau brasileiro através do chocolate. Há dois anos, ela se mudou para Portugal com a intenção de internacionalizar a marca.

José Carlos Assis, produtor da amêndoa do chocolate premiado, festejou seu primeiro prêmio internacional e destacou os cuidados que teve no plantio, colheita, fermentação e secagem do cacau enviado à ChOr. “O chocolate corre nas minhas veias. Já tenho vários lotes com selo de indicação geográfica”, disse o agricultor de 79 anos que planta cacau há 55 anos em três fazendas no sul da Bahia.

Ele colhe cerca de 6 mil arrobas de cacau por safra, sendo 1 mil arrobas do tipo fino que dão origem às barras “bean to bar”. A produtividade é de cerca de 35 a 38 arrobas por hectare.

“Minha meta é chegar a uma produção de 30% ou 40% de cacau fino”, diz Assis, acrescentando que o preço do cacau especial é 30% a 80% maior do que o tipo commodity.

O que incomoda o cacauicultor é o fato de não conseguir financiamento agrícola porque suas fazendas tiveram que ser hipotecadas depois da devastação causada pela praga “vassoura de bruxa” na década de 90. Antes disso, Assis produzia o triplo, ou seja, 18 mil arrobas por ano.

Informações do Globo Rural

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