Foto: Ministério Público de Minas Gerais/Divulgação

Cinco municípios à região Norte de Minas Gerais poderão abrigar um complexo de extração de minério de ferro a partir do recebimento de investimentos de capital estrangeiro próximos da cifra de R$ 11 bilhões. Isto é o que pretende uma mineradora da China que assinou, na tarde de segunda-feira (24), um Termo de Compromisso com o Estado de Minas Gerais e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para destravar um projeto que prevê a instalação de duas barragens de rejeitos e dois reservatórios de água.

O procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, participou da assinatura do acordo cujo foco, para o MPMG, é acompanhar de perto os processos de licenciamento ambiental referentes à construção do complexo minerador. O governador Romeu Zema (Novo) também esteve presente na reunião e, segundo disse o Estado por meio de informe da Agência Minas, o termo pretende minimizar os riscos de rompimentos de barragens. A mineradora, Sul-Americana de Metais (SAM), garante que serão gerados 6.000 empregos no pico das obras, e outros mil quando começar a operação para retirada de minério.

O projeto para construção do complexo de extração, que recebeu o nome “Bloco 8”, afetará diretamente os municípios de Grão Mogol – onde será instalado, Padre Carvalho, Fruta de Leite, Josenópolis e Salinas. Todos à região Norte de Minas Gerais. De acordo com o Estado, a empresa responsável, cujo capital é chinês, pretende viabilizar a extração e transformação de minério de ferro de baixo teor em um produto de alta qualidade para o mercado, que será escoado para o município de Ilhéus, na Bahia. Zema comemorou o investimento.

“Pela primeira vez, em Minas, estaremos extraindo minério de ferro de baixo teor. Estamos indo para uma região extremamente carente. Espero que esse reservatório de água a ser criado na região beneficie não só a mineração, como outras atividades na área rural que serão muito bem-vindas”, disse o governador que ressaltou também a necessidade do cuidado ambiental.

À mineradora caberá a realização de trabalhos técnicos para avaliação dos impactos ambiental, conforme foi definido no acordo, segundo reforça o procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior. “O termo é apenas um primeiro passo para destravar o processo. É preciso uma definição, para sim ou não. Trata-se de um investimento de mais de R$ 11 bilhões numa região de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), porém muito impactante”.

Projeto travado

Em janeiro do ano passado, o licenciamento ambiental para a instalação do Bloco 8 foi suspenso por determinação da Justiça Federal, a partir de ação do MPMG que questionou o pedido de licenciamento feito à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), sem o aval do Ibama. O Termo de Compromisso prevê o cumprimento de exigências ambientais para que seja autorizada a instalação do empreendimento.

Informações Otempo

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