As produções de estudantes do curso de Comunicação Social: Rádio, TV e Internet, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) seguem ganhando as telas em relevantes festivais e mostras do cinema nacional neste início de ano. Os documentários de curta metragem “Aquenda”, dos (as) graduandos (as) Florisval Elias Neto, Bruno Gonzaga, Maria Luiza Moreira e Karollina Leite e “O Abebé Ancestral”, do estudante Paulo Ferreira, foram selecionados para a 7ª edição do Festival de Cinema Baiano (FECIBA), que acontece de 15 a 26 de março.  

O FECIBA é um evento que reúne importantes nomes do cenário audiovisual regional e nesta edição tem o tema “Dentro de casa, asa”, que reflete a importância social da distribuição cultural, especialmente em meio à pandemia da COVID-19. A programação deste ano será totalmente online e gratuita, incluindo as mostras, quatro oficinas e 20 lives/debates. A iniciativa tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura, via Lei Aldir Blanc, e ao todo irá exibir 50 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Os estudantes da Uesc foram selecionados como únicos representantes da região sul da Bahia no evento, que contempla produções de todo o estado feitas exclusivamente por realizadores baianos.

O documentário “O Abebé Ancestral” participa, ainda, do Festival Balaiano, que visa a valorização cultural e engloba diversas expressões artísticas regionais. Paulo Ferreira será o representante do macro território Litoral Sul nesta primeira edição do evento. O objetivo principal da mostra é fomentar a arte e estimular a formação de cadeias produtivas artísticas baianas. A organização do evento divulgará a programação dentro dos próximos dias. O documentário também foi classificado para ser exibido na 6ª edição da EGBÉ – Mostra de Cinema Negro de Sergipe, que acontece dentre os dias 10 e 16 de abril, de forma remota. No ano passado, a mostra teve 3065 sessões online, alcançou 183 cidades brasileiras. Farão parte da programação do evento 30 filmes elaborados por cineastas negros, que enfatizam em suas narrativas: memórias, afetos e a celebração da negritude.

Mais uma produção estudantil é o documentário “Îandê Yby – Nós somos a terra Tupinambá”, produzido pelos (as) estudantes Ariane Santos Santana, Brenda Ferreira dos Santos, Gabriel Albuquerque, Gabriel Alves Luz, Stéfhany Alencar e Júlio César de Andrade Rodrigues, selecionado para exibição na 8ª edição do Festival Internacional de Cinema Indígena – Cine Kurumin, que será realizado online dentre os dias 14 e 31 de março. O Cine Kurumin é realizado desde 2011, com a participação de produções audiovisuais de vários países que envolvem temáticas indígenas. De acordo com a organização do evento, “o festival apoia a produção artística e cinematográfica indígena, numa ação de descolonização do imaginário e retomada das imagens, criando temporalidades interculturais e convivências entre os olhares indígenas e outros olhares”.

Todos os documentários foram desenvolvidos no segundo semestre de 2019, na disciplina Oficina de Vídeo Educativo, sob a orientação da professora Betânia Maria Vilas Boas Barreto. O filme “Aquenda”, que foi finalista da etapa regional na 27ª edição da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação – Expocom região Nordeste 2020, aborda, a cena Drag Queen no sul da Bahia em um recorte do eixo Ilhéus – Itabuna, além de evocar a discussão acerca da construção social do devir Drag Queen. Já “O Abebé Ancestral”, também foi finalista no Expocom Nordeste 2020 e premiado na segunda edição do Festival Nacional Recanto do Cinema (2020), contando a história de Mejigã, sacerdotisa nigeriana que sofreu diáspora no século XIX e foi escravizada no Engenho de Santana (Ilhéus – BA), do qual escapou, tendo resistido e se tornado um símbolo de empoderamento, ao gestar uma dimensão Ijexá no Sul da Bahia.

Já o documentário “Îandê Yby – Nós somos a terra Tupinambá”, foi vencedor no Expocom 2020, nas etapas Nordeste e Nacional, na categoria “Cinema e Audiovisual” e modalidade “Vinheta”; também foi selecionado no mesmo ano para o Prêmio de Exibição Audiovisual, da Secretaria de Cultura da Bahia. O filme propõe uma reelaboração descolonizada das histórias dos Tupinambás de Olivença, a partir de discussões sobre os processos identitários, as memórias, a cultura e as lutas dos povos indígenas.

Todas as produções estarão disponíveis de forma online e gratuita, nas respectivas datas dos festivais mencionados. Mais informações acessem:

FECIBA: https://www.instagram.com/feciba/

Festival Balaiano: https://festivalbalaiano.com.br/ |https://www.instagram.com/festivalbalaiano/

Cine Kurumin: https://cinekurumin.org/

Festival Egbé: https://egbecinemanegro.wixsite.com/egbe |https://www.instagram.com/egbesergipe/

::Publicidade
Compartilhar Post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *