No dia 30 de outubro, ainda antes do primeiro turno, publiquei aqui uma coluna com o título “Aos 40 anos, PT chega às eleições envelhecido, sem votos e sem rumo”.
No dia seguinte, José Américo Dias, deputado estadual e coordenador da campanha do PT em São Paulo, e o jornalista Edmundo Machado Oliveira me pediram direito de resposta e enviaram texto com este título: “É prudente deixar que a urna fale”.
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Pois elas falaram nos dias 15 e 29 de novembro, deixando o PT sem nenhum prefeito de capital e nos maiores municípios em que disputava o segundo turno.
Pelo que acompanhei até agora, as cidades mais importantes onde o PT venceu foram Diadema (SP), com José Filippi, e Juiz de Fora (MG), com Margarida Salomão.
Por coincidência, Diadema foi o primeiro município onde o partido venceu uma eleição, dois anos após ser fundado, com o metalúrgico Gilson Menezes, que era da diretoria de Lula no sindicato.
Neste século, o PT venceu quatro eleições presidenciais e governou o país até apenas quatro anos atrás, quando Dilma Rousseff foi derrubada por um golpe parlamentar.
Partido disputava duas capitais, e perdeu as duas
Naquele ano de 2016, o PT já tinha perdido um terço das suas prefeituras e só ganhou em uma capital, Rio Branco, no Acre.
Nos 5.570 municípios brasileiros, o PT conquistou, em 2020, apenas 183 prefeituras.
Em São Paulo, este ano, pela primeira vez na sua história, o PT ficou fora do segundo turno e teve menos de 10% dos votos.
Só foi para o segundo turno em duas capitais, Vitória e Recife, e perdeu em ambas.
Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Foi a maior derrocada do PT nestes 40 anos e, para não ser surpreendido outra vez, seria bom que se preparasse melhor para as próximas eleições, de preferência, antes que as urnas falem.
O mundo mudou
Eu preferia não ter razão, mas como repórter não posso brigar com os fatos. Estava na cara. O antipetismo ficou maior do que o petismo.
Se o partido não descobrir e atacar as causas, renovar suas lideranças e programas, vai continuar andando para trás, porque mudou o mundo em que ele foi criado e se tornou o maior do país no começo do século.
Só faltam dois anos para a próxima eleição.
Vida que segue.
Editorial de BALAIO DO KOTSCHO

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.