Foto: A tarde

Em mais uma iniciativa de enfrentamento ao novo coronavírus, o Senai-Cimatec está desenvolvendo ações que vão auxiliar no cenário de crise gerado pela pandemia. Além de contribuir com a produção de álcool em gel e túneis de desinfecção, a instituição atua na recuperação de respiradores. Até o momento, 101 equipamentos foram recuperados, de forma gratuita, e devolvidos a unidades hospitalares baianas.

Os respiradores usados no tratamento de pacientes infectados pela Covid-19 são indispensáveis para permitir que o oxigênio circule no corpo do paciente, quando pulmões não funcionam normalmente, em função da síndrome respiratória aguda, ocasionada pelo vírus. A iniciativa visa colaborar no combate ao coronavírus, visto que os respiradores têm “sumido” do mercado, em função da grande procura.

O coordenador do projeto de recuperação de respiradores, Daniel Motta, destacou a importância da ação. “As unidades fazem contato conosco e, depois que consertamos e calibramos os aparelhos, esses respiradores voltam para os hospitais. A gente tem visto a dificuldade de compra, então cada respirador recuperado é uma batalha vencida. Nossa meta era recuperar no mínimo 120, mas na medida em que conseguimos empurrar essa curva, a gente vai recuperar um número maior”, destacou. A ação conta com financiamento próprio do Senai, além da doação de maquinário feita por empresas.

O Senai-Cimatec foi pioneiro no país com essa iniciativa e promoveu treinamento para mais de 700 pessoas em todo o Brasil. Já no exterior, já foram feitos treinamentos para países da América Latina e países africanos que falam português. Em todo o país, já foram recuperados 750 respiradores. Na Bahia, a ação conta ainda com o apoio da Ford e da Global Engenharia, que disponibilizaram pessoal para auxiliar na manutenção dos equipamentos.

“Temos diversos desafios, porque recebemos unidades de vários lugares. São modelos de muitos fabricantes, e isso gera uma complexidade em torno dos equipamentos que temos aqui. É um desafio que envolveu muito esforço de todos os envolvidos, que têm mesmo objetivo, que é salvar vidas”, ressaltou o engenheiro da Global Engenharia, Ricardo Franco Filho. A empresa possui dez colaboradores atuando na recuperação dos respiradores.

Outra ação, que já está sendo utilizado em 12 unidades hospitalares, diz respeito aos túneis de desinfecção. Eles já foram instalados no Hospital Espanhol, no Instituto Couto Maia, no Hospital Santo Antônio, nas Obras Sociais Irmã Dulce, todos em Salvador, e em unidades de Feira de Santana e no sul do estado, em Ilhéus e Itabuna. A iniciativa busca oferecer maior segurança aos profissionais de saúde que atuam na linha de frente no combate à Covid-19.

“Esse projeto surgiu da necessidade da própria área de saúde, porque estava havendo um processo de infecção muito grande dos profissionais. Um momento de grande risco de infecção é quando eles vão retirar os EPIs. A proposta é diminuir a carga viral do EPI, deixando ele com um risco menor de infecção. Ter um profissional infectado, afastado da linha de frente, é extremamente complicado para o sistema de saúde. Então a nossa proposta é apoiar esses profissionais”, destacou Luís Alberto Breda, diretor de operações do Senai-Cimatec.

Outra ação visando à proteção dos profissionais de saúde é a produção de máscaras Face Shield. Até o momento, foram doadas mais de 22 mil unidades desse equipamento de proteção que evita o contato com gotículas, salivas e fluidos nasais que possam atingir rosto, nariz, boca e olhos.

Doações

Foram produzidos mais de 70 mil litros de álcool 70%. Do álcool glicerinado, usado para limpeza das mãos, a produção foi de cerca de 40 mil litros. “O glicerinado é utilizado nas mãos. Nesse momento de pandemia, é importante ter esses produtos disponíveis. O álcool 70% tem importante uso nos hospitais, na limpeza de superfícies, como corrimão e mesas”, destacou Otanéa Brito de Oliveira, gerente de química e petroquímica do Senai-Cimatec. Todos esses produtos foram doados a hospitais. Segundo ela, está prevista ainda da doação de álcool, por parte de empresas, e de vasilhas, rótulos, embalagens de papelão e de utilização na área de logística.

Informações do A Tarde

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