12 de dezembro de 2024

Se o Brasil fosse tão solidário quanto se anuncia nas redes sociais, não viveríamos a nossa permanente tragédia da pobreza, da miséria, da desigualdade social.

É grande a quantidade de comentários, sempre agredindo alguém, mas em defesa dos “pobres que precisam trabalhar para comprar o pão”, que chegam diariamente a este blog, tendo o destino que merecem.

O que identifica esses comentários?

Eles estão sempre associados ao desdém com a pandemia, ao negacionismo que persiste em uma parcela da sociedade brasileira (25%? 30%), coincidindo com o discurso oficial do Palácio do Planalto.

(“Coronavírus é coisa pra homem!”)

Volto a repetir: esses brasileiros que não têm condições objetivas de permanecer em casa porque precisam buscar o pão de cada dia – uma realidade tão nossa – devem ser amparados materialmente e com urgência pelo Estado.

Quanto aos solidários e empáticos de ocasião, que eles manifestem o seu repúdio a quem debocha da morte de milhares de brasileiros, aos que lhe negam a sua manifestação sincera de dor e fraternidade.

Que lutem, os altruístas e indignados de agora, com o mesmo empenho para corrigir as distorções históricas que criaram tantas desigualdades quando a pandemia chegar.

Pátria é isso.

Editorial do Ricardo Mota

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