Um consórcio formado por empresas estatais chinesas venceu sem concorrência o leilão para a construção e gestão da ponte que ligará Salvador e Ilha de Itaparica nesta sexta-feira (13). O grupo foi o único a apresentar oferta.
O consórcio chinês, formado pela CR20 (China Railway 20 Bureau Group Corporation) e pela CCCC (China Communications Construction), apresentou lance de R$ 56,21 milhões ao ano como contraproposta a ser paga pelo governo da Bahia para complementar o arrecadado com pedágio da ponte, que vai cruzar a baía de Todos-os-Santos.
Clique aqui para fazer parte do novo CANAL do Ilhéus.Net no WhatsApp.
Clique aqui para fazer parte do GRUPO do Ilhéus.Net no WhatsApp.
O montante será pago pelos próximos 35 anos, período de duração da concessão, para garantir a viabilidade econômico-financeira do projeto, e era o valor máximo previsto no edital da PPP (parceria público-privada).
As companhias do consórcio têm um ano para elaborar um projeto para a construção da ponte e outros quatro anos para entregar a obra, orçada em R$ 5,3 bilhões. A modelagem prevê que ela seja custeada com recursos privados e do governo da Bahia.
Os empresários entrarão com R$ 3,8 bilhões e o governo baiano com R$ 1,5 bilhão, que necessariamente será pago no quarto e quinto ano do contrato.
Quando concluída, esta será a segunda maior ponte do Brasil -atrás apenas da Rio-Niterói- com 12,4 quilômetros de extensão. A ponte terá ainda um vão central de 85 metros de altura e 400 metros de largura, o que possibilitará a entrada e saída de navios.
A ligação deverá encurtar o trajeto entre Salvador e a Ilha de Itaparica de uma hora e meia para meia hora.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT) afirmou estar satisfeito com o resultado, apesar da falta de concorrência. A jornalistas, ele afirmou que havia a expectativa de que um consórcio europeu e de mais um chinês se interessassem pelo projeto, o que não se concretizou.
O licenciamento está feito para dar mais segurança ao projeto. A previsão é de um ano de elaboração para o projeto executivo e quatro anos de obra. A expectativa é que a obra empregue diretamente 20 mil pessoas. A região vai ter uma intensa mobilização e deve ter uma explosão de investimentos imobiliários em Itaparica, disse.
Além da ponte, o projeto inclui obras complementares como duplicação de uma rodovia estadual. A ideia é que a ponte sirva como vetor para o desenvolvimento do recôncavo e sul da Bahia. A distância por rodovia entre Salvador e Ilhéus, por exemplo, cairá de 452 para 309 quilômetros.
A equação financeira proposta para a construção e gestão da ponte tem sido alvo de críticas no meio político e empresarial. O temor é que a previsão de repasses de R$ 1,5 bilhão do governo no quarto e quinto ano da obra, além de contraprestações nos 35 anos seguintes, possa comprometer o orçamento do governo do estado.
Outro ponto criticado é o valor estimado de pedágio para quem atravessar a ponte. O governo da Bahia estima que o pedágio custará entre R$ 22 e R$ 110, sendo R$ 44 para veículos de passeio em dias de semana -valor dez vezes maior do que o cobrado na ponte Rio-Niterói, que é R$ 4,30.
De acordo com o governo baiano, o valor é semelhante ao que se paga atualmente para atravessar um carro no atual sistema de ferryboat -R$ 45,70 para veículos de passeio. Para estimular o movimento pendular entre Salvador e a Ilha de Itaparica, o edital prevê que os motoristas que atravessem a ponte e retornem em menos de 24 horas paguem o pedágio apenas uma vez.
Também há preocupação sobre a pressão imobiliária que obra causará na bucólica Ilha de Itaparica, além do aumento do fluxo de automóveis na região do centro de Salvador. Para evitar esta pressão, diz o governo, o projeto prevê um plano diretor intermunicipal para ordenar novas construções.
Para Sandro Cabral, professor de gestão pública do Insper. “O fato é que precisa fazer essa ligação, é uma demanda local. Pode-se questionar a necessidade de o Estado gastar R$ 1,5 bilhão no projeto, mas é uma escolha sobre alocação de recursos”.
Segundo ele, a ponte é um projeto complexo e caro e com um risco de demanda. Por isso, para garantir interessados na iniciativa privada, precisou da contrapartida do Estado e dar flexibilidade sobre a forma de construção, por exemplo.
Além disso, ele cita um possível cálculo geopolítico no interesse chinês no Nordeste. “Temos um governo federal não alinhado com a China. Para o país asiático, a região Nordeste pode ser um trunfo. Há projetos estaduais em governos que são da oposição”.
Informações do Folha Press
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.
Tem que investir pessado .no estado da BA.Principalmente.sendo assim averar investimento .É onde há investimento.? A tendência é vir o retorno. Porq que China. Japão. Só cresce porq investe!! O Brasil faz errado. Tem medo de investir e quando investe..vem a burocracia ou a corrupção .ou a oposição. Assim não dá. Se investir o Brasil só cresce. Porq é grande é rico em tudo. Só falta boms politicos que ama a sua pátria. e PENÇA na nação .