No Brasil: 11% dos trabalhadores com ensino superior ganham salário mínimo – Se um dia completar o ensino superior foi garantia de sucesso profissional, há tempos essa realidade mudou. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, apontam que 11% dos trabalhadores formais e informais que cursaram faculdades ganhavam até um salário, atualmente em R$ 998, no segundo trimestre deste ano. Esse é o maior patamar que a pesquisa alcançou desde sua primeira edição em 2012.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, entre abril e junho deste ano, eram 2,77 milhões de brasileiros nessa situação. Ou seja, mais gente do que toda a população de Salvador. A reportagem chama atenção para o fato de que esse número representa também 1,07 milhão a mais de pessoas do que há cinco anos, quando o Brasil ainda não tinha entrado em recessão.

De lá para cá, com o acirramento da crise, o mercado fechando vagas, a consequente redução no rendimento das famílias e o aumento da informalidade, o número de graduados com ensino superior completo trabalhando por até um salário cresceu.

Novo valor do mínimo para 2020 é aprovado

O Plenário do Congresso Nacional já aprovou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020. O texto (PLN 5/19), estabelece um novo valor do salário mínimo no próximo ano. O documento será enviado para à sanção presidencial.

Mínimo vai subir em janeiro de 2020

O novo valor do salário mínimo começa a valer a partir de 1 janeiro de 2020. A proposta aprovada hoje aumenta o salário mínimo para R$ 1.039. Com o reajuste de 4,10%, o salário não terá aumento real em 2020, apenas a reposição da inflação.

Salário em 2021 e 2022

Para os dois anos seguintes, a expectativa é de que o salário mínimo em 2021 seja de (R$ 1.082), e 2022 de (R$ 1.123).

Nos dias atuais, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 4.044,00. O valor é 3,8 vezes o salário mínimo que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2020. A estimativa é com base em estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). O departamento divulga mensalmente uma estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social.  Esse valor é calculado com base na cesta básica mais cara entre 18 capitais pesquisadas.

 

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