Os efeitos dos ataques aos direitos trabalhistas já podem ser avaliados pela queda no número de queixas dos trabalhadores. Nas três varas da Justiça do Trabalho de Ilhéus, no sul da Bahia, foram registrados apenas 900 processos nos primeiros cinco meses do ano.

“O trabalhador já nem vai à Justiça, com medo de perder a causa”, disse a advogada Carla Bracchi Silveira, vice-presidente da Associação Brasileira de Advogados e Advogadas Sindicais (Abras).

Para a advogada, a sucessiva perda de direitos trabalhistas só pode ser enfrentada e mudada se as ruas forem tomadas, em grandes mobilizações e greves. “Sabemos que isso não é fácil, mas não vejo saída apenas pelo direito ou só pelos sindicatos. Temos de formar uma frente. Afinal, de onde surgiu o direito do trabalho senão do coletivo dos trabalhadores?”, defendeu.

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