Envolvidos pelo espírito de solidariedade e fraternidade, funcionários da Rota Transportes Rodoviários realizaram uma campanha de arrecadação de agasalhos para doação a duas instituições beneficentes da cidade de Itabuna, o Lar Fabiano de Cristo e o Albergue Bezerra de Menezes. A mobilização foi feita entre os colaboradores da empresa, que estimula a promoção de ações sociais no ambiente de trabalho.

As entregas dos agasalhos foram realizadas pelas psicólogas Ivana Almeida e Luisa Alves Pereira Santos e o motorista Romildo Ramos. No Albergue Bezerra de Menezes, a equipe da Rota Transportes foi recebida pelo presidente César Brandão e a coordenadora administrativa Tatiane Gomes, e no Lar Fabiano de Cristo, pela supervisora, Celeste Aída Seara, e o assistente administrativo, Eujácio da Silva Nascimento. 

O Albergue Bezerra de Menezes, instituição sem fins lucrativos localizada no bairro Antique, foi fundada na década de 70 por Bionor Rebouças Brandão, para acolher pessoas carentes acometidas por tuberculose. Com a diminuição do número de casos da doença, passou a abrigar também, carenciados de idade avançada e portadores de outras enfermidades. Atualmente, dirigida por César Brandão, filho do fundador, a instituição abriga 126 pessoas, a maioria idosos. Ele explica que com o fechamento do Hospital São Judas, foram recebidas 14 pessoas com deficiência mental.

A hospedagem, em formato de vila em aclive, possui acesso íngreme na sua rua interna e abriga moradores passageiros e outros definitivos, inclusive, alguns abandonados por suas famílias.  Os internos recebem três refeições e um lanche, por dia, e são atendidos por uma equipe de 37 funcionários, entre eles, quatro cuidadores, dois enfermeiros e quatro técnicos de Enfermagem. Segundo Brandão, o atendimento médico aos pacientes da instituição é sempre feito, em sua maioria, por Afonso Malta e Adilson Ribeiro.  E ao receber as doações, expressou: “A Rota não me nega nada. Paulo e Elaine sempre lembram daqui”.

Lar Fabiano de Cristo (Casa de Rachel) – Fundada na década de 50 pelos espíritas Francisco Cândido Xavier, Carlos Torres Pastorino, Divaldo Pereira Franco, Jorge Andréa dos Santos, José Hermógenes de Andrade Filho, Alziro Zarur e Jaime Rolemberg de Lima, a instituição é dirigida, atualmente, por Regina Maria de Oliveira e possui mais de 50 unidades espalhadas por todo o Brasil

A proposta inicial consistia em apoiar lares que acolhessem entre seis e dez crianças, com atenção individualizada, como se adoção fosse. Cada um do grupo contribuiria para que nada faltasse às crianças e a quem os acolhesse. Logo percebeu-se que as crianças beneficiadas ao retornarem às famílias de origem viviam conflitos de toda ordem, especialmente por não existir afinidade na orientação que recebiam. A família também precisava de apoio.

Hoje, as atividades socioassistenciais são oferecidas para a melhoria da qualidade de vida das famílias inscritas que se encontrem em situação de vulnerabilidade e/ou risco pessoal e social, decorrentes da pobreza e distribuídas por faixas de atendimento.

A unidade de Itabuna do Lar Fabiano de Cristo, intitulada Casa de Rachel, está localizada na Av. Manoel Chaves, no bairro Jacanã, e oferece serviços de fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. A supervisão, desde 1996, é de Celeste Aída Seara. Segundo a assistente social, “esse projeto nasceu em Itabuna pela necessidade de amparar essas famílias que viviam abaixo da linha da pobreza.”. 

No momento, são atendidas 84 crianças, de 3 a 5 anos, que entram na Casa às 8 horas e saem às 17 horas, além de 50 idosos, e 250 jovens, de 12 a 17 anos e 11 meses, que fazem oficinas de música (com vagas em aberto), judô, capoeira e balé. A música é um dos grandes elementos da educação transformadora do Lar Fabiano de Cristo, sendo responsável por aglutinar e integrar coparticipantes, independentemente das suas idades.

“O sonho da maioria é o sax, a flauta transversal e a clarineta, que são instrumentos caros. Nós temos aulas de violino, na parte da tarde, e de vários instrumentos de sopro, mas o sax é o xodó. Em 2017, a diretora da Rota, Elaine Carletto, visitou a nossa instituição para doar um saxofone, que vem proporcionado a alegria de muitas crianças.”, afirmou a supervisora.   

Os jovens podem participar de várias oficinas e isso tem mudado muito a vida dessas pessoas. Já houve três formações de orquestra e elas se dissolveram porque esses jovens passaram para os 18 anos e foram para faculdade. “A gente participa de uma educação transformadora com a missão precípua de promover pessoas. E esse tem sido o nosso papel.”

“Já tivemos outrora em regime de creche, 300 crianças. De 1978 a 1986, foram realizados trabalhos de reinserção das crianças que eram abrigadas temporariamente na Casa de Rachel e 40 delas retornaram às suas famílias. E em 2018, viabilizamos a inserção de 15 jovens no mercado de trabalho”, finaliza a assistente social contabilizando a contribuição social da instituição.  

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