Foto: WSL

Mesmo sem competir, a cearense Silvana Lima promete ser a principal estrela na abertura do Neutrox Weekend, evento exclusivo para o público feminino, que começa nesta sexta feira (7), em Itacaré.

Grande nome do surf brasileiro feminino, duas vezes vice-campeã mundial profissional, ela prestigiará a disputa pelo título brasileiro profissional da categoria, acompanhando as meninas que também podem se destacar.

O campeonato só para elas segue até domingo (9), na Praia da Tiririca e, além do surf, contará com o stand up paddle (SUP) Wave e várias ações socioambientais.

A atleta patrocinada pela Neutrox foi convidada pela marca para ver de perto o encontro e incentivar as atletas, antes de seguir para Saquarema, onde disputa a 5ª etapa da elite mundial. “Vou aproveitar que estou nesse paraíso e ver as meninas competindo, algumas são amigas, e tem essa nova geração chegando”, destaca.

“Vai ser muito legal. Gostaria de competir, mas vou estar aqui com a família Neutrox aproveitando um pouco desse paraíso e na torcida pelo crescimento do surf feminino, mas não posso perder o foco, porque já já vou ter competição em Saquarema e quero um bom resultado”, afirma Silvana, que pela regra da World Surf League (WSL), não pode participar de eventos de porte nacional – apenas disputas do QS ou CT.

Apesar de ficar só na torcida, da areia, ela comemora o incentivo ao surf feminino e o potencial crescimento da categoria com a formação de novos valores, destacando o importante incentivo da Neutrox com patrocínios a eventos e atletas.

Entre elas, a própria Silvana, junto com a líder do ranking mundial de longboard da WSL, Chloé Calmon, e a campeã mundial de SUP Wave, Nicole Pacelli (as duas últimas representantes do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, este ano).

“Sou privilegiada por fazer parte desse trabalho, que está apoiando o surf, tendo três grandes nomes do Brasil. Fora isso, temos esse grande evento, que na segunda etapa ainda terá um QS junto no Rio de Janeiro. Acho muito importante a Neutrox ter abraçado o surf feminino, que é uma categoria que precisa desse apoio. Fico feliz de ter um patrocinador tão envolvido com o esporte”, elogia.

Aos 34 anos de idade, a atleta de Paracuru é a mais experiente no Circuito Mundial e esbanja vitalidade e vontade de seguir adiante por mais tempo. Depois de ficar afastada das competições por sete meses (desde o evento no Surf Ranch), pelas cirurgias nos dois joelhos, ela retornou às disputas nas ondas em maio, na terceira etapa do CT, em Bali, Indonésia. E voltou mostrando estar muito bem.

Chegou até as quartas-de-final, ficando em quinto lugar, surfando muito bem e até eliminando a então líder do ranking, a promessa norte-americana Caroline Marks. “A garota surfa muito é realmente promessa, mas o gostinho especial não foi de ganhar dela, foi sim de ter avançado para as quartas, voltando de recuperação, de ter surfado bem, contra uma atleta com metade da sua idade”, comenta Silvana.

“Estou super feliz de voltar a competir. É bem difícil quando se machuca. Passei sete meses em tratamento, fiquei seis sem surfar. Voltei com muito mais vontade. Fica com mais gana de querer competir, querer surfar e acho que fui super bem em Bali e na Austrália, por ter voltado das cirurgias. Foram os dois joelhos”, destaca. “Agora é pegar ritmo de bateria e esperar o meu momento. Acho que estou fazendo por onde e quero chegar aos 100%”, acrescenta.

Para ela, o período de recuperação foi difícil, por estar longe das disputas, mas aproveitou o momento para também se reorganizar e refletir sobre carreira e vida pessoal. “É duro ficar fora sem competir, sem surfar. É um momento bem complicado para qualquer atleta. Mas nessa dificuldade, aproveitei mais a família, para analisar mais os campeonatos, performances e curtir a vida pessoal. Aproveitei para analisar e fazer tudo para voltar melhor ainda”, revela.

A competidora cearense também ressalta sua longevidade no esporte e já anuncia que não tem data para encerrar a carreira. “Deus está me dando essa energia, essa garra, como se tivesse bem menos idade, como se não tivesse 34 anos. Muitas meninas pararam com essa idade, até antes. Teve competidora que parou com 32. Me sinto super bem e cada ano que passa vejo que o meu surf está evoluindo mais. Não imagino quando vou parar, porque sou uma pessoa que gosta muito de competir e vou fazer tudo para continuar em alta performance”, fala.

Ela também comemora servir como inspiração para a nova geração que vem chegando e querendo fortalecer o time brasileiro no Circuito Mundial. “Acho que sou um grande exemplo de superação, de força de vontade. Muitas meninas não têm patrocínio, mas acreditando que um dia sua hora vai chegar. Tem de acreditar que vão crescer no surf, esse esporte maravilhoso”, diz.

Olimpíadas

Silvana também projeta em seu futuro a vaga olímpica para os Jogos de Tóquio 2020, onde oito atletas (no máximo duas por país) estarão classificadas pelo ranking do CT. A atleta sabe que uma boa recuperação no ranking (já tem os dois descartes previstos no regulamento nas duas etapas iniciais) pode lhe garantir a permanência na elite e, consequentemente, sua participação na olimpíada.

“Com certeza, é o objetivo de todos os atletas no Tour. Vai ser um sonho estar em Tóquio. Vou fazer o meu melhor para estar lá”, confessa. “Tem de ter bons resultados, mas não penso só em estar lá, mas poder me classificar pelo CT, continuar na elite e a Olimpíada será natural”, argumenta a surfista, que prefere não planejar nada em relação à disputa olímpica, no momento. “Ainda é cedo. A busca maior é por me classificar e daí sim pensar como será a melhor forma de competir. Agora é só um sonho. A força de vontade de passar bateria por bateria para chegar lá”, completa Silvana Lima.

Disputa pelo título brasileiro

Já nas ondas, a disputa em mais uma etapa pelo título brasileiro promete ser acirrada. Nomes experientes mesclados com novos valores estarão brigando pela vitória e pelos R$ 15 mil de premiação. Entre as mais velhas, Taís de Almeida e Suelen Naraísa, da mesma geração de Silvana Lima, e entre as caçulas, Júlia Duarte e Potira Castaman, defendendo as atletas locais.

Também estará em ação o SUP Wave, com premiação de R$ 3 mil e a presença da campeã mundial da categoria e finalista do prêmio de maior onda do Mundo em 2019, Nicole Pacelli. Junto ao palanque, serão realizadas várias atrações abertas ao público e gratuitas, com aulas de yoga, muay thai, zumba, palestras e também ativações com projetos sociais e ambientais como o Recicla Itacaré e a neutralização do carbono emitido durante a produção e execução do evento, através da compensação de CO2 dentro do programa da Sustainable Carbon, empresa especializada no segmento.

O Neutrox Weekend é uma realização da Abrasp, com patrocínio da Neutrox. A etapa de Itacaré tem o copatrocínio de Ecoporan Hotel Charme Spa & Eventos e apoios da Prefeitura de Itacaré, Federação Baiana de Surf e Associação de Surf de Itacaré.

FMA Assessoria

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