O afrouxamento na liberação da posse e do porte de armas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, demonstra que esta é uma política do governo, mas que atende, principalmente, aos eleitores do atual ocupante da principal cadeira do Palácio do Planalto.
Não faz parte, entretanto, de nenhum programa de Segurança Pública, já disseram o vice-presidente Mourão e o ministro Sérgio Moro, o responsável por essa área tão sensível do governo.
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Quem sai ganhando com isso?
Evidentemente, além das indústrias do setor, aqueles que acreditam que quanto mais armas, menos mortes, uma equação que eu não consigo resolver por nenhum dos lados.
Entre os “beneficiados” com porte de arma no último decreto estamos nós, os jornalistas, além de políticos em geral – dos vereadores ao presidente -, caminhoneiros, outros agentes públicos etc.
É um mundão de gente a poder ter e conduzir a própria arma.
Seguindo a lógica do próprio governo – não a minha -, por que algumas profissões e outras não? Por que não os taxistas e os motoristas de aplicativo?
Por que não as mulheres, vítimas da violência masculina, daqueles que se acham machos por que batem em mulher?
Por que não os moradores das periferias das cidades brasileiras, sendo estes as maiores vítimas da violência, os que mais morrem, tornando o Brasil o campeão mundial de assassinatos?
Ah, esses pobres da periferia não pode comprar uma arma, que custa caro. Assim, eles não conseguirão colocar uma placa na porta de casa avisando aos bandidos que ali está um lar protegido – como defendeu o ministro Ônix Lorenzoni.
Por coerência, e para que o decreto presidencial não seja tão seletivo, o governo precisa financiar a compra de armas pelos mais necessitados e mais vulneráveis. Criar uma espécie de Bolsa Pistola, com recursos públicos, dando aos pobres as mesmas chances de “defesa” de remediados e ricos.
Fora disso, estamos falando apenas da defesa do patrimônio – e não na defesa da vida.
Crônicas do Ricardo Mota

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.
ter armas é um direito de qualquer cidadao que assim queira , tolher esse direito é um ato de ditador e comunistas