A falta de conscientização da população brasileira continua causando danos a animais marinhos e ao meio ambiente. A poluição do mar e a pesca irregular são, inclusive, alguns dos principais motivos apontados por especialistas para justificar o aumento no número de tartarugas encontradas mortas na Bahia.
Nos primeiros cinco meses deste ano foi registrado um crescimento em torno de 40% na quantidade de óbitos, na comparação com o mesmo período em 2018, segundo o médico veterinário e o subcoordenador do Projeto (a)mar, Wellington Laudano.
No domingo (19) a 68ª tartaruga marinha foi encontrada morta no litoral sul da Bahia. O número já corresponde a metade do anotado ao longo de todo o ano passado, quando 136 tartarugas morreram.
De acordo com a estimativa de Laudano, 80% dos óbitos ocorreram por emalhe em rede de pesca – seja de arrasto, espera ou de espinhel.
“Os óbitos foram registrados entre Marau e Canavieiras, com concentração maior no município de Ilhéus. A maior incidência de mortes são de tartarugas verdes, porque elas utilizam nosso litoral para alimentação, normalmente ficando conosco entre 5 a 20 anos, para depois começar a se reproduzir. Ficam mais próximas à costa para se alimentar e acabam se deparando com plásticos, lixos. São muita as vítimas de emalhes incidentais em redes de pesca. Somente 10% das mortes de animais marinhos que ocorrem no mar são chegam à praia. “, disse.
Na análise da bióloga Stella Tomás, que também trabalha junto ao Projeto (a)mar, a maioria das mortes se dá por conta da interação antrópica, ou seja, quando as ações realizadas pelo homem provocam alterações na natureza.
“O homem tem que ter a consciência e o respeito pelo meio ambiente. Tratar ele de forma mais comum e menos negligente”, afirmou.
Os integrantes do programa alertam ainda sobre as primeiras medidas a serem tomadas em caso de localização de animal marinho encalhado na praia.
“Em nenhum momento tente colocar de volta ao mar, mesmo o animal ainda estando com vida. Pegue um paninho úmido para que ele não fique desidratado e chame os órgãos competentes. Acione a gente ou mesmo o projeto Tamar, Ibama ou polícia ambiental, que eles acionam a gente”, aconselhou o subcoordenador do projeto, Wellington Laudano.
O projeto pode ser acionado pelo telefone/WhatsApp (73) 99812-2850, bem como pelas redes sociais (@projeto.amar.ba).
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), graduando em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.