12 de dezembro de 2024

Se já não bastassem as dificuldades típicas da baixa estação, a quebra da companhia aérea Aviança surge como mais uma dificuldade para a turismo baiano nos próximos meses. Um acordo entre a empresa e a administração do Aeroporto Internacional de Salvador garantiu hoje e amanhã a manutenção dos voos que a empresa aérea ainda opera por aqui. Mas os sete voos da empresa que foram cancelados aqui desde o mês de março continuam sem uma perspectiva de retorno. Segundo dados da concessionária Vinci, em um ano as sete rotas transportavam 1,2 milhão de pessoas. O coordenador da Câmara Empresarial do Turismo (CET), da Federação do Comércio da Bahia (Fecomércio-Ba), Manolo Garrido, lembra que com as sete rotas voos canceladas, hoje Salvador não possui mais voos diretos para Maceió, Aracaju e Petrolina. “Brasília, Rio, Fortaleza e Recife também foram perdas, mas pelo menos nestes casos existem outras opções”, ressalta Manolo.

 Impacto no turismo

 Além dos efeitos mais diretos, a perda da companhia aérea deve representar uma mudança mais significativa para o turismo brasileiro. Mesmo com a concretização de um possível acordo da Gol ou Latam, para assumir as rotas atualmente operadas pela Avianca, é real o risco de uma redução na oferta de voos e aumentos de passagens – duas situações péssimas para o turismo. “Nossa expectativa é que a solução para o caso não passe apenas pela questão financeira. A Avianca tinha uma influência muito forte nas regiões Centro-Oeste e Nordeste. Nós não sabemos, por exemplo, se a Latam, que concentra suas atividades no Sudeste, teria interesse em ocupar este espaço”, calcula. Para completar, é importante lembrar que a negociação mais avançada da Bahia para implantação de um hub com uma companhia aérea era justamente com a Avianca.

Informações do Correio

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