Foto: Reprodução

Ao receber alguma informação de ataque contra escolas ou em outras instituições, entre em contato com a direção do local e com a polícia. Não dissemine informações sem verificar a veracidade. A orientação é do delegado Roberto Leal, coordenador regional de polícia (1ª Coopin).

Ele explica que a disseminação de notícias falsas nas redes sociais dificulta a polícia detectar um fato verdadeiro. As mensagens de áudios e texto de supostos ataques a escolas da Bahia, e que estão sendo compartilhadas nos últimos dias, estão sendo tratadas como fake News, e a polícia está investigando a autoria.

Quem está distribuindo a notícia falsa também está sendo investigado. Recentemente seis pessoas já foram conduzidas, na Bahia, pela prática criminosa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), equipes do 20º Batalhão da Polícia Militar de Paulo Afonso localizaram, na manhã desta quinta-feira (4), um adolescente de 15 anos suspeito de divulgar áudios ameaçando alunos de uma escola pública do município. 

Nas cidades de Ilhéus, Santa Cruz Cabrália, Teixeira de Freitas e Salvador foram conduzidos mais cinco suspeitos. Em Ilhéus, um estudante confessou o crime, mas justificou que a ideia era fazer uma brincadeira. Em Feira de Santana um estudante também foi conduzindo para a delegacia por disseminar mensagens de ataque.

Causar pânico

O delegado Roberto Leal informou ao Acorda Cidade que existe uma tentativa de causar pânico na população e que os áudios que estão sendo compartilhados em diferentes cidades, são similares.

“Infelizmente esse tipo de fake news vem sendo disseminada em todos os locais de Feira de Santana e várias cidades da Bahia. Posso te dizer que nas últimas semanas, o mesmo teor de ameaças inclusive com áudios similares foram compartilhados em Alagoinhas, em Santo Amaro, em Teixeira de Freitas, em Itabuna, em Vitória da Conquista, e outras cidades. O que a gente percebe é que há uma tentativa de causa pânico. Uma notícia falsa é disseminada afirmando que algo vai acontecer e infelizmente as pessoas acabam difundindo essa informação sem verificar se realmente se trata de algo verdadeiro. E o fake news, ou seja, a noticia falsa, precisa exatamente disso, que as pessoas compartilhem. Recebemos um áudio que foi lançado em Minas Gerais, salvo engano, e acabou vindo parar em Feira de Santana, como se fosse aqui na cidade”, disse.

Preocupação

Apesar da forte suspeita de ser fake news, a polícia está atenta às mensagens e pede para que os pais e diretores de escolas informem a autoridade policial o recebimento de supostas ameaças.

“Esse fato [atentado] já ocorreu em escolas do país [o mais recente foi na cidade de Suzano (SP)], temos que manter essa preocupação com certeza, mas nos últimos dias, pelo que a gente vem presenciando, não há nada de concreto (…). Não podemos perder o foco, os pais não podem parar de informar isso a polícia e a direção da escola, o que a gente pede é para não disseminar nas redes sociais. Não é para receber e apagar é para passar principalmente para a polícia. O que causa mais prejuízo à segurança, por causa das notícias faltas, é que se realmente algo esteja sendo planejado por um indivíduo contra uma escola a gente acaba se perdendo por causa da quantidade de notícia falsa recebida”, alertou.

A SSP informou por meio de nota que o Grupo Especializado de Repressão a Crimes por Meios Eletrônicos (GME) da Polícia Civil da Bahia participa da investigação dos casos. O coordenador do GME, delegado João Cavadas, explica que “a Polícia Civil, preocupada com esses acontecimentos, já disciplinou uma multitarefa de investigação para esses crimes, no interior e na capital. O GME está dando subsídios, identificando as pessoas que não somente confeccionaram o material, como também aquelas que fazem a replicação através de grupos de mensagens. Todas elas serão indiciadas pelo crime que vier a ser identificado e responderão judicialmente por esse fato”.

Ainda de acordo com a SSP, a Polícia Militar atua de maneira ostensiva, indo aos locais onde são relatadas as ameaças. As mensagens estão circulando no estado, repetindo um movimento que acontece em todo o país, desde o atentado que correu em Suzano, no estado de São Paulo, informou o TNH.

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