Crédito: (Reprodução / Facebook)

Nascido na cidade de Ilhéus, localizado no estado da Bahia, o zagueiro Ricardo Nascimento tem 32 anos de idade e defendo o Mamelodi Sundowns (RSA). O atleta já vestiu a camisa de diversos clubes, além do time sul-africano, como: Figueirense, Palmeiras, Portimonense (POR), Moreirense (POR) e entre outras equipes.

Ricardo jogou pelo Figueirense desde 2007 até 2008, mas não teve muitas oportunidades. Portanto, transferiu-se para o Palmeiras. Com uma rápida passagem pelo Palmeiras em 2009, Nascimento justificou a sua saída do clube paulista e elogiou o técnico Jorginho, que treinou interinamente o Verdão após a saída de Vanderlei Luxemburgo e depois tornou-se auxiliar-técnico mediante um pedido de Muricy Ramalho.

“O Figueirense foi uma equipe que aprendi bastante. No elenco tinha muitos jogadores experientes e também foi um lugar onde aprendi muito, mas não tive muita oportunidade de jogar. Mesmo assim também guardo o clube no meu coração, porque tive experiências muito importantes que sempre levei pro decorrer da minha carreira. Por mais que eu tenha ficado pouco tempo no Palmeiras, é um clube que sempre ficará marcado. Ali eu tive ótimos momentos na minha carreira, aprendi muito com o Jorginho, um treinador fantástico e uma pessoa maravilhosa. Sinto saudades do Palmeiras, fiz muitas amizades lá. Mas naquela época surgiu uma oportunidade na Europa, com um salário muito maior, e eu não podia perder a chance de ir. Eu tinha muita vontade de ter continuado no Palmeiras, mas ao mesmo tempo tinha que pensar na minha carreira”, disse Ricardo Nascimento ao “Torcedores”.

O atleta brasileiro jogou na Europa desde 2009 até 2016, quando foi contratado pelo Mamelodi Sundowns (RSA). Ídolo do time da África do Sul, Ricardo chegou em 2016 no Mamelodi e tinha contrato até junho de 2019, porém, renovou o contrato até 2021.

“Foi uma escolha difícil de fazer porque eu estava na Europa, em Portugal, e trocar a Europa pela África não é fácil. Mas graças a Deus, fiz a escolha certa e as coisas estão correndo muito bem aqui, me surpreendi muito com África do Sul, um pais muito bom de se viver. Está dando tudo certo, a torcida é fantástica, tem um calor humano que parece muito com o Brasil. O clube tem o apelido de “Brasileiros”, por causa das cores do uniforme amarelo e azul, e acho que também por conta disso eles têm um carinho maior por mim. Isso tudo com certeza ajuda dentro de campo, é muito importante você estar feliz, porque estando feliz as coisas saem naturalmente dentro de campo. Só tenho a agradecer ao Sundowns”, contou o jogador.

O Mamelodi Sundowns é o clube da África do Sul com mais títulos do Campeonato-Sul Africano, pois ganhou 8 edições da principal liga do país. Após a conquista inédita da Liga dos Campeões da África em 2016, o Sundowns disputou o Mundial de Clubes daquele mesmo ano. Mas, infelizmente, o time perdeu para o Kashima Antlers (JPN) por 2 a 0 e foi derrotado pelo Jeounbuk Motors (KOR) por 4 a 1 na disputa do 5° lugar.

“O título da Liga dos Campeões e o do Campeonato Sul-Africano foram muito importantes para mim e para o clube. O continental foi o primeiro em toda história do Sundowns o meu primeiro pelo clube. Isso com certeza vai ficar marcado na história. Pude disputar o Mundial de Clubes por causa desse título e foi um sonho realizado para mim. Essa conquista com certeza foi importantíssima para o Sundowns, porque trouxe mais visibilidade e reconhecimento para o clube, não só na África, mas também fora. Com certeza isso tudo está ajudando o Sundowns a crescer a cada dia. Disputar um Mundial de Clubes foi um sonho realizado, algo que eu não imaginava mais poder disputar, porque na Europa, claro, era muito difícil, mas aqui na África eu consegui realizar. Foi uma experiência fantástica, apesar de não termos conseguido nossos objetivos. A adaptação no Japão também não foi muito fácil para a nossa equipe, mas posso dizer que foi uma experiência maravilhosa, que eu nunca vou esquecer. Vi vários jogadores que sempre quis conhecer também, foi fantástico”, relembrou Ricardo.

O brasileiro também destacou a estrutura do futebol na África por conta da Copa do Mundo de 2010. Além disso, pontuou as diferenças entre o futebol brasileiro, europeu e africano.

“Em geral, o futebol africano dentro de campo tem coisas a melhorar. Taticamente estão um pouco atrasados no meu modo de pensar, mas estão evoluindo. Os campos e estádios são muito bons por causa da Copa do Mundo. Com certeza tem coisa pra melhorar dentro e fora de campo, mas é nítido que estão evoluindo. Eles têm tudo pra chegar a um nível melhor. A diferença entre o futebol europeu, brasileiro e africano, dentro de campo, é muito em relação a parte tática. Aqui, como falei, acho que estão um pouco atrasados. Na África eles pensam muito ofensivamente, sem se preocupar muito com a organização defensiva. O europeu, pelo contrário, se preocupa bastante com a defesa e organização tática, por lá é muito importante você primeiro ser muito bom taticamente para depois pensar em jogar. No Brasil, acho que está evoluindo muito também essa questão tática, hoje em dia o futebol brasileiro está muito tático, mas também muito igual, eu acho. Falta aquela coisa diferenciada, infelizmente o futebol hoje está muito monótono, todo mundo faz quase que as mesmas coisas. Fora de campo, a grande diferença é a organização mesmo, aqui na África há um atraso em relação a isso, mas estão evoluindo aos poucos em termos de estrutura e organização”, comparou o zagueiro.

Nascimento disse que gostaria de retornar ao Brasil para defender as cores de um clube em específico, mas demonstrou estar disponível para encerrar a sua carreira em qualquer time brasileiro. Entretanto, acha difícil uma possível negociação devido à sua idade.

“Com certeza eu tenho vontade de voltar a jogar no Brasil, mas também sei que hoje é muito difícil eu conseguir retornar. Já tenho 32 anos e contrato até 2021, com isso já vou ter 34. Mas se isso pudesse acontecer, eu tenho um carinho muito grande pelo Palmeiras, como eu falei, mas o meu time de coração é o Santos. Se eu pudesse escolher uma equipe, seria o Santos. Mas, se eu voltasse um dia, estaria muito feliz em defender qualquer equipe mesmo, sou profissional e essa questão de time do coração sempre fica à parte, isso não entra em campo comigo. Eu amo muito o Brasil e o futebol brasileiro, mesmo estando longe há muito tempo, eu nunca deixei de amar o Brasil”, falou Ricardo Nascimento em entrevista exclusiva ao “Torcedores”.

Informações do site Torcedores

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