A Bahia recuperou o título de maior produtora de cacau do Brasil em 2018, com 122,5 mil toneladas segundo o IBGE, mas quem venceu o 1º Concurso Nacional de Cacau Especial Qualidade e Sustentabilidade na última sexta-feira (22), em Ilhéus (BA), foram produtores do Espírito Santo e Pará.

Marcia Fonseca, da Fazenda Santa Clara, de Linhares (ES), com o clone FJ02, ganhou na categoria varietal. Ervino Gutzeit, da Panorama, de Uruará (PA), foi o primeiro colocado na blend (mistura de variedades).

Na varietal, considerada a categoria mais importante porque exige que o produtor separe as variedades genéticas no plantio, colheita e fermentação, o segundo e terceiro lugares ficaram com os baianos Rogério Kamei (clone BN34) e João Tavares, com a variedade catongo, também chamada de chocolate branco. 

Tavares, pioneiro do cacau especial no Brasil, se tornou referência mundial em qualidade com o prêmio obtido em 2010 e 2011 no Salão do Chocolate de Paris, o maior evento do mundo ligado ao chocolate e ao cacau, considerado a “Copa do Mundo de Chocolate”.

No blend, Elcy Gutzeit, filha de Ervino, ficou em segundo, e Gleibe Luis Torres Santos, da Bahia, em terceiro.No blend, Elcy Gutzeit, filha de Ervino, ficou em segundo, e Gleibe Luis Torres Santos, da Bahia, em terceiro.

O concurso teve três etapas, com avaliação fisicoquímica em laboratório e análise sensorial de líquor. Na etapa final, que escolheu as amêndoas com mais potencial para bons chocolates, participaram chefs como Helena Rizzo, do Maní, a sommelier Carolina Oda e Diego Badaró, produtor e fabricante. O evento foi realizado pelo CIC (Centro de Inovação do Cacau), em parceria com a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), a Câmara Setorial do Cacau do Brasil, indústrias moageiras e fábricas de chocolate, dados coletados na UOL.

Compartilhar Post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *