O governador Rui Costa detalhou durante entrevista concedida nesta segunda-feira (3) os planos para alterar a estrutura e administração das escolas estaduais. Ele admitiu que as mudanças são necessárias em razão do desempenho apresentado em avaliações recentes sobre a qualidade do ensino em diferentes estados brasileiros.

“A Bahia há décadas não ocupa os primeiros lugares na qualidade de ensino. Se eu estivesse ocupando os cinco primeiros lugares, não tinha nada pra mexer. Se eu estou ocupando os últimos lugares, eu tenho que tomar alguma medida”, declarou Rui. “Vou passar a cobrar, passar a exigir a melhoria dos indicadores de forma mais veemente ainda do que já fiz”, prometeu.

Segundo o governador, as principais mudanças previstas para a rede de ensino consistem em municipalizar escolas, reunir em uma mesma unidade alunos de séries próximas, além de derrubar muros de escolas vizinhas. “Não tem fechamento em massa de escola. Estarei nos próximos dois, três meses inaugurando 30 escolas novas”, prometeu. As alterações no setor da educação já provocaram diversos protestos de estudantes e professores que temem que escolas sejam fechadas (veja mais).

“Temos situações como a de Itabuna em que temos quatro escolas juntas. Elas eram separadas só ppor um muro. Em uma tem quadra coberta, a outra não tem. Uma tem refeitório, a outra não tem. Como você resolve isso? Tira o muro”, exemplificou Rui.  “O prédio está lá, as salas estão lá, vão continuar funcionando e o estudante vai continuar estudando na mesma sala. Apenas, em vez de ter dois nomes, um pra cada prédio, vai ter um só”, detalhou.

O governo já anunciou que não vai haver municipalização de escolas em Salvador (veja mais). No entanto, a medida deve ser colocada em prática em cidades do interior. “O plano de metas de educação propõe que os municípios assumam até 2022 o esnino fundamental, para que a gente divida de forma mais clara as tarefas de ensino e educação no Brasil”, comentou o governador.

Ele também defendeu a ideia de reunir estudantes de idades semelhantes em uma mesma escola, desde que a mudança não obrigue os alunos a se deslocarem muito mais do que já fazem atualmente. “Onde tem duas escolas em que as distancias não são grandes, estamos concentrando o ensino médio em uma escola e o ensino médio na outra. Não é por diferença de 100 metros, de 200 metros que vai prejudicar ninguém”, comentou. Rui apontou que a prática de reunir ensino médio em uma unidade e fundamental em outra já é praticada nas principais escolas particulares do estado, informou o BN.

::Publicidade
Compartilhar Post:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *