12 de dezembro de 2024

No Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, lembrado nesta sexta-feira (2/11), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) promove uma campanha mundial de conscientização sobre a violência praticada contra profissionais de mídia.

Segundo a Unesco, um jornalista é assassinado a cada quatro dias no mundo, com 1.010 mortes de profissionais de mídia contabilizadas nos últimos 12 anos devido a sua atividade de querer levar informações ao público. Ainda de acordo com a ONU, em nove de cada dez casos os assassinos ficam impunes.

Em mensagem para a campanha deste ano, a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, destacou o aumento dos casos de ataques e assédio contra jornalistas mulheres. “É nossa responsabilidade garantir que os crimes contra jornalistas sejam punidos”, disse. Este é o quinto ano em que a Unesco promove a iniciativa.

Em comunicado divulgado na quinta-feira (1/11), um grupo de especialistas independentes de direitos humanos da ONU pediu aos líderes mundiais que parem de incitar ódio e violência contra a mídia e garantam a punição dos responsáveis por ataques.

Um dos casos mais recentes de violência contra comunicadores no Brasil foi condenado pelo Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York. A organização pediu apuração rápida para esclarecer o atentado contra Eduardo Braga (62 anos), proprietário e comentarista da Rádio União, de Jaguaruna (CE). Em 21 de setembro, ele foi baleado na perna por pistoleiros que entraram no estúdio, supostamente por falar sobre questões políticas locais, informou o Aratu.

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