Proposta para cruzar toda a Bahia, saindo de Ilhéus até chegar a Figueirópolis, em Tocantins, o projeto da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) vai ignorar nada menos do que 65% dos 1.527 quilômetros (km) que compõem o traçado total do estado. Nos próximos dias, a gestão de Rui Costa e o governo federal colocará em fase de audiência pública a proposta de concessão da obra, até agora executado pela estatal Valec. 

A “integração” do empreendimento, porém, ficará restrita ao nome O plano de concessão que será debatido se restringe aos 537 km que ligam Ilhéus a Caetité, a parte mais avançada do projeto. De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, a parte central da Fiol, um traçado de 485 km entre Caetité e Barreiras, está com pelo menos 21% de suas obras executadas. Apenas o último trecho de 505 km, de Barreiras a Figueirópolis, não recebeu obras e segue em fase de estudos, mesmo após oito anos do início das obras da Fiol.

A ferrovia baiana tinha previsão de entrega em junho de 2013. Foram orçados, inicialmente, R$ 4,2 bilhões para o serviço. Sem perspectiva de conclusão a Fiol já consumiu R$ 6,1 bilhões até agora.

“Então, eu espero que haja [interesse] por parte do governo atual, inclusive, que ele execute os compromissos assumidos para a sociedade, de fazer audiência pública em agosto e fazer a licitação até dezembro”, comentou o governador Rui Costa, durante discurso para empresários na última terça-feira (7), informou o BN.

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