Eu nunca saberei o que significa a dor de parto literalmente. no entanto, eu sinto nascer algo que está sendo gerado dentro de mim a meses. Me chamo Marcos Vinicius Vieira Reis, mas me popularizei pelo nome de Marcolino, nome que ainda tento identificar a origem.
Pois bem, eu quero falar com você que lê essa carta sobre um tema caro, complexo, no entanto fácil de ser entendido. Política e Religião. Espiritualidade e Cidadania.
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É necessário abordar alguns conceitos antes d’eu continuar esta carta.
Primeiro. A anos deixei de ser militante em movimento social, sindical, estudantil e negro. Por motivos de saúde e posteriormente por escolha particular.
Segundo. A mentalidade reducionista: “política é escândalos de corrupção”, ou “apenas eleições periódicas” e/ou “confusões” é fruto da pouca participação cidadã e fomento do analfabetismo político. Política é o equilíbrio do bem viver e bem comum.
Terceiro. Religião é diferente de espiritualidade. Ao menos ao meu ponto de ver e viver. Religião cria dogmas e regras, a espiritualidade liberta e traz um estilo de bem viver.
Dito isso, prossigo com esta carta à juventude cristã, parcela etária que componho. Agora em um ambiente menos hostil.
Minha adolescência e início da vida adulta foi marcada pela política, como participante ou co-realizador de conferências, seminários, congressos, calouradas, eventos, passeatas, manifestações, protestos, caminhadas, audiências públicas, palestras e outras atividades que me forjaram uma mentalidade: Perceber, analisar, conjecturar, definir conjunturas e contextualizar as nossas vidas social, econômica e política.
Meus últimos anos de mocidade tive e estou me saboreando com a mentalidade da fé cristã. Me fizeram conhecer o jovem da periferia semi-rural Jesus de Nazaré, o advogado de prostituta, filho do Deus ágape.
Por consequência ao conhecimento de Jesus de Nazaré, também conheci as vivências do Jovem Daniel e seu protagonismo em defesa do que acreditava enfrentando as imposições do império genocida de sua época; da jovem Ester, a rainha novinha que diante a uma guerra quebrou protocolos e se posicionou em favor de seu povo.
Diante essas referências é notório perceber a incompatibilidade de uma vida baseada na bíblia com uma vida passiva e alheia às circunstância equivocadas do cotidiano humano. Passividade cidadã é portanto, ação desconexa ao evangelho genuíno.
Ser jovem cristão e cristã é sim imitar Daniel, Ester e Jesus de Nazaré. Imitar a habilidade política de conciliação e diálogo que a Rainha Ester dominava.
Estamos vivendo tempos complexos e cabe a nós estabelecermos o reinado da justiça e amor, através de nossas atitudes cotidianas em todos os espaços de relacionamento diário.
Cabe a nós a participação direta e/ou indireta na política, acima de tudo, exercendo cidadania de maneira digna do evangelho de cristo, para que assim a verdadeira paz seja estabelecida. Essa é a hora do propósito de nossa juventude ser exercida pois todas as vidas importam.
Marcos Vinicius Vieira Reis, o Marcolino, servo do nazareno, filho do Abba, herdeiro do amor ágape.
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.