Foto: (Nelson Almeida/AFP)

Os últimos dois meses, período em que avançaram investigações contra ele e que foi marcado pela greve dos caminhoneiros, foi destrutivo para a já combalida popularidade do presidente Michel Temer (MDB).

Na pesquisa Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo neste domingo, 10, ele chegou à mais alta taxa de reprovação da história do instituto, feitos a partir da redemocratização do país, em 1985: 82% dos entrevistados dizem que o governo é “ruim” ou “péssimo”. Em abril, eram 70%.

Entre os demais, 14% consideram a gestão Temer como regular e 3% disseram que ela é “ótima” ou “boa”.

O “recorde” anterior, 73% de rejeição em setembro de 2017, também era de Temer. Naquele momento, o emedebista enfrentava as denúncias criminais apresentadas contra ele pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir das delações premiadas dos irmãos Batista e dos executivos do grupo J&F.

Levantamento do jornal a partir das pesquisas antigas do Datafolha mostra que o número é muito superior ao registrado mesmo pelos dois ex-presidentes que sofreram impeachment, Dilma Rousseff (PT) e Fernando Collor (PTC), com 71% e 68% nos piores momentos, e José Sarney (MDB), muito criticado durante as falhas de suas tentativas de combate à inflação nos anos 1980, também com os mesmos 68%.

Os demais nunca chegaram a uma rejeição tão grande. Fernando Henrique Cardoso (PSDB) viveu seu pior momento em setembro de 1999, quando 56% dos brasileiros desaprovavam seu governo. Itamar Franco (então PMDB) chegou a ser rejeitado por 41% e Lula (PT) por 29%.

Eleições

Outro item do levantamento mostra que um apoio de Temer seria destrutivo para qualquer pré-candidato ao Palácio do Planalto. Questionados pelo Datafolha, 92% dos entrevistados disseram que rejeitariam um nome indicado pelo presidente.

Má notícia para o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB. Ele bem que tentou dizer que não era o candidato do governo, mas, como informa a coluna Radar, o presidente chamou sua atenção e ameaçou vetar a sua candidatura se ele seguisse com o discurso.

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Fonte: Veja
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