12 de dezembro de 2024

A partir do mês de julho, jovens e adultos internados no Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC) vão ter aulas durante o período de permanência na unidade de saúde. Viabilizada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC-Ba), por meio da Superintendência de Políticas para a Educação Básica (SUPED), a iniciativa vai permitir que professores da rede pública mantenham as atividades de ensino regular, para que os estudantes não tenham a aprendizagem prejudicada.

“O objetivo é fazer com que, mesmo fora da sala de aula, o estudante mantenha o nível de aprendizagem, respeitando, evidentemente, as suas condições clínicas”, ressalta o diretor-geral do HRCC, Hernani Vaz Krüger, ao anunciar a inclusão da unidade de saúde de Ilhéus no Serviço de Atendimento à Rede em Ambiências Hospitalares e Domiciliares (Programa SARAHDO), da Secretaria Estadual da Educação.

A ideia de criar o programa surgiu em função de estudos realizados pela Secretaria da Educação do Estado, que demonstraram a alta da taxa de repetência entre os estudantes que, em função de internamentos hospitalares, são obrigados a interromper a frequência escolar. Mesmo retornando às atividades antes do término do ano letivo esses estudantes, em geral, não conseguem acompanhar o desempenho dos demais.

A coordenadora do programa SARAHDO, Veruska Poltronieri, ressalta porém, que não é necessário que a pessoa internada esteja matriculada na rede regular de ensino. Além de manter a rotina escolar dos usuários matriculados, o trabalho da equipe se estende às pessoas que, embora afastadas das salas de aula, desejam participar do programa educacional. Veruska pontua que serão abordados temas transversais como parte do processo de Educação Inclusiva.

“O programa possibilita aos estudantes matriculados manter o vínculo com a escola de origem, facilitando o seu retorno e a reintegração, mas também, entre as suas finalidades, atender aos internos que desejam participar do processo de escolarização, e matricular após alta médica, as pessoas que nunca frequentaram a escola regular”, explica a coordenadora, Veruska Poltronieri.

O diretor-geral do HRCC acrescenta que o programa reflete, inclusive, na eficiência do tratamento clínico dos internos. “A possibilidade de acesso ao contexto escolar diminui os efeitos negativos da internação e contribui para melhora da autoestima e, portanto, do tratamento”, enfatiza Vaz Krüger.

Os educandos serão integrados à modalidade de ensino EJA (Educação de Jovens e Adultos).

*Informações da Ascom/HRCC.

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