As leis no Brasil são de um relativismo espantoso, assim considerado unanimemente por juristas dos países mais avançados.
Talvez por deficiência de formação – e não apenas dos operadores do direito. Culturalmente, o jeitinho que – terrivelmente – nos caracteriza como povo, também se reflete nas decisões do poder Judiciário.
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Quando entramos no território político, invadido por uma judicialização que não o enriquece e só cria uma falsa expectativa, a definição do ficha-limpa invade ainda mais o território da relatividade.
Do ponto de vista da lei que ganhou – ilusoriamente – esse nome, ficha-limpa é quem não tem condenação em segundo grau: pode ter matado, roubado, cometido atrocidades, mas se não teve sentença condenatória confirmada por um colegiado, é tão inocente quanto uma criança recém-nascida.
Será apenas isso que vale?
Imagino que o eleitor mais crítico, indignado, exigente, há de escolher um candidato ficha-limpa pela trajetória que ele carrega, inclusive de compromissos sociais, com os menos favorecidos, com os cidadãos que mais dependem do poder público. Não basta, portanto, ser honesto – o que é indispensável.
O melhor e mais efetivo julgador de um ficha-suja, seguramente, não está em nenhum tribunal.
Tenho certeza que você o conhece.
É verdade que muitos que bradam pela limpeza e contra a ‘governabilidade de açougue’, que arruína o Brasil, têm seus picaretas de estimação, em quem se veem projetados – sabem o que eles são, mas lhe oferecem o perdão (e o voto).
Você também há de ter o seu conceito de ficha-limpa.
Use-o em nosso favor.
Ricardo Mota – TNH
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.