Empresa do ex-superintendente de Obras Ednaldo Azevedo (correligionário de Isaac Albagli) deve 16 meses de aluguel.

Foto: Gidelzo Silva

Em 2016, na gestão do ex-prefeito Jabes Ribeiro (PP), a Prefeitura de Ilhéus terceirizou para a CMA Comercial Ltda a operação da usina de asfalto do município, após o fim do vínculo com a primeira empresa que operou o equipamento. Atualmente, o governo municipal trabalha para retomar o funcionamento da fábrica com uma terceira empresa, pois o contrato com a CMA não foi renovado. Enquanto se despede de Ilhéus, a CMA acumula dívidas ligadas ao terreno particular ocupado pela usina.

A dívida da CMA prejudica o município, porque dificulta o retorno do funcionamento da usina com a nova operadora. O proprietário da área se dispôs a aceitar a manutenção do equipamento no terreno, desde que o débito da CMA seja quitado. O problema é que a prefeitura não pode assumir uma pendência da empresa particular.

A informação sobre a dívida da CMA reforça o fato da paralisação da usina não ter mais nenhum vínculo com o embargo da Superintendência do Meio Ambiente, ao contrário da ideia ventilada por opositores do governo Mário Alexandre. Após acordo, o próprio município autorizou a volta da operação da fábrica.

O município não é o único prejudicado, já que o dono do terreno aguarda uma resolução do impasse para retomar seu imóvel ou firmar novo contrato de aluguel.

O Blog do Gusmão procurou o proprietário da área, o senhor Francisco Andrade Galvão, com quem conversamos hoje por telefone. Ele confirmou a existência do débito e enfatizou que a responsabilidade é da CMA, não do município.


Francisco explicou que oito terrenos de um loteamento compõem a área alugada. O valor mensal do aluguel é de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais). Segundo o proprietário, são dezesseis parcelas em atraso, correspondentes aos meses entre janeiro de 2017 e abril deste ano. Para ele, como a CMA não formalizou a devolução do espaço, o prazo ainda corre.

Contando os dezesseis meses de aluguel, a dívida da CMA chega a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Além disso, segundo Francisco Andrade, a empresa deve também os valores referentes ao IPTU. Nesse caso, há um imposto para cada um dos oito terrenos.

Conforme Francisco, como a CMA não pagou os impostos, ele mesmo os quitou, com a expectativa de ser reembolsado pela empresa responsável pelo pagamento.

Somados impostos e aluguéis, a dívida da CMA com o proprietário do terreno passa dos setenta mil reais, sem considerar eventual cobrança de juros. Na conversa com o blog, Francisco preferiu não dar os valores exatos, pois não os tinha em mãos.

O engenheiro responsável pela CMA é Ednaldo Azevedo. Ele também trabalhou para a primeira empresa que operou a usina, logo depois de deixar a Superintendência de Obras, órgão vinculado à Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Trânsito de Ilhéus, durante o governo Jabes Ribeiro (PP). Ednaldo ocupou o cargo sob as bençãos do ex-secretário da pasta, Isaac Albagli, homem forte do jabismo, informou o Blog do Gusmão.

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