Arte Eletrônica Indígena (AEI), um programa que promove residências artísticas dentro de comunidades indígenas, anuncia em maio, quem são os artistas a receberem recursos para realizar 10 residências artísticas dentro de oito aldeias localizadas na Bahia, Alagoas, Pernambuco e Sergipe. O projeto é uma iniciativa idealizada pela ONG Thydêwá com patrocínio da Oi, Oi Futuro e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. AEI conta também com o apoio da British Academy. A lista dos 12 artistas selecionados oriundos do Brasil, Reino Unido e Bolívia está divulgada no site http://aei.art.br/.
Em agosto de 2018 as obras criadas desse encontro serão exibidas no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), com uma semana de atividades e oficinas dentro do Festival AEI com a presença de mais de 12 protagonistas do projeto, entre indígenas e não indígenas. Mostras itinerantes do AEI estarão acontecendo nas próprias comunidades indígenas também no mês de agosto, dentro da proposta do MAM-Expandido.
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O AEI é um programa de vanguarda e inovação que promove a produção colaborativa e cocriada entre diferentes artistas e indígenas de diferentes povos. Muitas das iniciativas selecionadas abordam linguagens artísticas ainda não nomeadas, expressões híbridas, fusão de suportes, e a convergência das tecnologias analógicas e digitais, potencializando a expressão da vida.
As comunidades indígenas que vão receber os residentes são Karapotó Plakiô / São Sebastião – AL; Kariri-Xocó / Porto Real do Colégio – AL; Pankararu / Tacaratu – PE; Pataxó Dois Irmãos / Prado – BA; Pataxó Trambuco / Porto Seguro – BA; Pataxó Hã Hã Hãe / Pau Brasil – BA; Tupinambá de Olivença / Ilhéus – BA e Xocó / Porto da Folha/SE.
Entre os objetivos do projeto AEI estão: promover intercâmbios das expressões culturais entre artistas e indígenas, nos âmbitos da Bahia e do mundo; incentivar a inovação e o uso de novas tecnologias em processos culturais e artísticos; valorizar a diversidade artística e cultural em diálogo.
“Estar entre os 34 projetos aprovados na Seleção Nacional de Projetos Culturais da Oi Futuro, reforça a seriedade e importância do trabalho que a Thydêwá vem realizando nos últimos anos em prol do fortalecimento da causa indígena. São sempre projetos inovadores, criativos e que provocam toda a equipe envolvida. No caso do AEI, provoca os artistas que farão as residências, a saírem do lugar comum e pensar de forma mais colaborativa e criativa. É um desafio e uma diversão trabalhar num projeto tão rico em criatividade e provocações”, ressalta o produtor executivo do AEI, Tiago Tao.
Um dos artistas selecionados, Naum Bandeira, explica que pretende introduzir o tema da arte rupestre para a comunidade do ponto de vista teórico, depois vai fazer uma releitura plástica. “A expectativa é a melhor possível, tenho ancestrais indígenas e já conheço o trabalho da Thydêwá há vários anos. Essa proposta é pertinente pois a cultura indígena continua atual e trazer ela para o Museu de Arte Moderna da Bahia, que é o local ideal para uma exposição de arte contemporânea, da visibilidade às trocas artísticas que vamos construir ao longo do projeto”.
O presidente e fundador da ONG Thydêwá (www.thydewa.org), Sebastian Gerlic, destaca a relevância do projeto para a exaltação da diversidade. “Para a Thydêwá é uma alegria muito grande iniciar esse projeto pois há mais de 10 anos facilitamos essa interação entre artistas e indígenas e vice-versa, promovendo o diálogo e a cocriação, na intenção de que as mensagens produzidas através dessa diversidade de sentimentos e ações possam ser espalhadas pelo mundo. Por que justamente com esse tipo de mensagem que conseguimos superar as divergências, somar na diversidade e entender que somos todos um”.
O AEI tem uma equipe curadora internacional de sete pessoas, entre elas a Dra. Thea Pitman da Universidade de Leeds (Reino Unido) que está também envolvida no projeto como investigadora, contando com o apoio da British Academy. Thea comenta que “o AEI é uma iniciativa emocionante, estou na expectativa da diversidade de resultados e de como eles vão atuar no Festival no MAM em agosto. Estou especialmente interessada em pesquisar de que formas a arte digital pode colaborar em expandir as mensagens indígenas e como os processos colaborativos podem enriquecer a todos os participantes”. Thea está atualmente buscando montar uma mostra do AEI no Reino Unido.
ARTISTAS SELECIONADOS NO AEI
André Anastácio e Alberto Harres – Rio de Janeiro/RJ
Bruno Barbosa Gomes – Baturité/CE
Davy Alexandrisky – Niterói/RJ
Naum Bandeira – Salvador/BA
Nicolas Salazar Sutil – Londres/Reino Unido
Oscar Octavio ‘Ukumari’ – Santa Cruz de La Sierra/Bolívia
Paulo Cesar Teles – Campinas/SP
Sandra de Berduccy – Cochabamba/Bolívia
Sheilla P. D. de Souza e Tadeu dos Santos – Maringá/PR
Tito Vinícius – Salvador/BA
Website: http://aei.art.br/
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.