Além da denúncia de superfaturamento das obras do estádio da Fonte Nova, outro rolo envolve o ex-governador Jaques Wagner e o PT da Bahia. Trata-se do controverso projeto do Porto Sul, próximo à cidade de Ilhéus, que já possui um porto desde o início do século passado. O sucessor de Wagner, Rui Costa (PT), tenta dar início às obras, que vêm sendo investigadas pelo Ministério Público. A última negociação envolve um consórcio chinês, que atuaria em conjunto com a empresa Bahia Mineração (Bamin). A autorização para a construção do porto passou por cima de todas as avaliações técnicas do Ibama, que foram contrárias ao projeto. A obra, cujo custo ultrapassa R$ 6 bilhões, destrói, segundo o Ibama, cerca de 500 hectares de Mata Atlântica.
A mina
O Porto Sul tem por objetivo facilitar o escoamento da exploração de mina de ferro da Bamim, subsidiária de uma empresa do Casaquistão chamada Eurasian Natural Resources Corporation. A empresa fala em uma produção de 100 milhões de toneladas em 25 anos. Mas alguns especialistas divergem dessa capacidade, alegando que seria muito menor.
Ibama
Para esses especialistas, a mina só teria mesmo capacidade de produção por 15 anos, o que não justificaria o investimento. Em 2014, três meses antes de deixar o cargo, apesar de todas as negativas do Ibama, Jaques Wagner autorizou a obra, que, além do próprio porto, inclui uma ferrovia (que já está em construção), que corta área de Mata Atlântica, conforme diz o Isto é.
Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), graduando em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.