A novela da reforma da Previdência ganha um novo capítulo na próxima segunda-feira (19). Mais uma vez, o governo vai tentar ler o projeto na Câmara dos Deputados e encaminhar a votação da proposta de emenda constitucional. E, de novo, as principais centrais sindicais convocam uma greve geral para protestar contra a reforma. A palavra de ordem dessa vez é: “Se botar para votar, o Brasil vai parar”.
E a Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central do país e historicamente ligada ao PT, garante que a adesão à paralisação está aumentando. Ainda no enredo da greve, há uma possível carona do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pode usar o movimento para encorpar seu périplo em defesa da própria candidatura.
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As greves gerais contra as reformas estão sendo realizadas pelas centrais desde o ano passado, com maior ou menor adesão. A última promessa de paralisação total do Brasil foi um fiasco: virou apenas um amontoado de atos em diversas cidades. O primeiro protesto de 2018 vem na esteira das manifestações favoráveis a Lula, após a confirmação de sua condenação na Lava Jato, pelo caso do tríplex do Guarujá, determinada pelo TRF-4 em janeiro.
Poucos dias depois, as sete centrais – CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT, Intersindical – já convocavam para a “jornada nacional de luta”. A orientação é de que as bases em todos os estados entrassem em “estado de alerta e mobilização nacional imediata”. A proposta era para a realização de assembleias e plenárias, além de ações de panfletagens e blitz em aeroportos, tudo como instrumento de pressão para os parlamentares desistirem de votar a Previdência. Representantes das centrais estiveram reunidos com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, na semana passada, também como estratégia para pressionar a não votação da reforma.
De acordo com a CUT, no ABC paulista um “esquenta” da greve está marcado para esta sexta-feira (16). A Frente Povo Sem Medo e o Comitê Regional do ABC contra a Reforma da Previdência vão organizar um grande ato contra a proposta, na Praça da Matriz, em São Bernardo do Campo. Já no Ceará, dirigentes de sindicatos filiados à CSB fizeram uma panfletagem no Terminal Urbano do Siqueira, em Fortaleza, na manhã desta quinta-feira (15), também como um ato de preparação para a paralisação da próxima semana. Já na CTB, há plenárias regionais convocadas para esta semana, além de programações de atos específicos no dia 19.
Carona de Lula
Quem pode pegar carona nesse movimento é o ex-presidente Lula. O presidente da CUT, Vagner Freitas, prometeu paralisar o Brasil caso o petista seja impedido de ser candidato ao Planalto, apenas um dia após a confirmação de sua condenação. O problema é que Freitas convocou a manifestação de Lula para o mesmo dia da greve geral contra a Previdência. A “pegadinha” pode engrossar o coro de defesa de Lula sem que, necessariamente, as pessoas contrárias à reforma da Previdência estejam a favor do petista.
Programação: atos agendados pelo Brasil
São Paulo
De acordo com a CUT, diversas categorias garantem que vão cruzar os braços na segunda-feira (19). Os motoristas de ônibus são uma dessas – mas eles ainda vão realizar nova assembleia nesta sexta (16). Professores das redes estaduais e municipais também sinalizaram parar as atividades. Outras categorias que são contrárias à reforma ainda não realizaram assembleias para ratificar a decisão de aderir à greve, como é o caso de metroviários e bancários.
Na capital, haverá um ato público às 16h, em frente ao MASP, na Avenida Paulista.
No ABC, a greve teria sido aprovada em assembleia por metalúrgicos, bancários, servidores e químicos.
Pernambuco
Já realizaram assembleias os trabalhadores da Saúde e Previdência do Serviço Público Federal de Pernambuco. Em Recife, há um ato público às 15h, no Parque 13 de Maio.
Bahia
Em Salvador, uma plenária desta quinta (15) ainda vai definir os pontos de atos, panfletagens e caminhadas. Há confirmação de paralisação de petroleiros, químicos, rodoviários, professores, bancários, servidores e metalúrgicos. Também são organizados atos nas cidades de Juazeiro, Paulo Afonso, Vitória da Conquista, Itapetininga, Itabuna e Ilhéus.
Sergipe
Em Sergipe, uma assembleia geral unificada aprovou a participação na greve. Entre as categorias que endossam o movimento estão professores, assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, jornalistas, servidores do judiciário, trabalhadores da saúde, auditores fiscais, servidores, policiais, engenheiros e enfermeiros.
Ceará
Há um ato marcado para Fortaleza, a partir das 9h, com uma caminhada pelas ruas do Centro e concentração na Praça da Bandeira.
Piauí
Em Teresina, há ato marcado às 8h, na Praça Rio Branco
Rio Grande do Norte
Em Natal, há ato a partir das 14h, em frente a Agência do INSS.
Distrito Federal
A programação inclui ações ao longo do dia, com uma atividade conjunta entre sindicatos e movimentos sociais a partir das 17h, o Museu da República, em Brasília.
Minas Gerais
Há sinalização de que os professores da rede estadual devem aderir à paralisação.
Santa Catarina
Há atos programados em diversos municípios, como Criciúma, Araranguá, Blumenau, Chapecó e Joinville. Em Florianópolis, o transporte coletivo deve ser paralisado durante todo o dia 19. Os trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) também vão aderir à greve. A partir das 9h, a CUT e demais centrais sindicais e entidades farão um “arrastão” no centro da capital, para fechar o comércio e os bancos. A partir das 16h, está marcado um ato na Praça de Lutas.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, a mobilização deve durar o dia todo. Às 5h, haverá concentração junto do Monumento ao Laçador, para uma caminhada até o Aeroporto Internacional Salgado Filho. Às 7h, está marcada a concentração na Estação Rodoviária para panfletagem. A partir das 8h30, está marcada uma marcha até o prédio do INSS, onde haverá um ato em defesa da Previdência.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, há uma ação no aeroporto Santos Dumont pela manhã, no embarque dos deputados. Às 16h, será realizado um ato na Candelária.
Informações do Gazeta do Povo

Franklin Deluzio é graduado em Filosofia (UESC), possui graduação incompleta em Física pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), como também graduação incompleta em Licenciatura Interdisciplinar pela (UFSB), é Especialista em Gestão Pública Municipal (UESC), Conselheiro de Saúde, Fiscal do Sistema E-TCM, Design Digital Júnior, Design Editorial Júnior, Servidor Municipal de Ilhéus/BA e estrategista em Geomarketing Eleitoral. DRT n. 0007376/BA.
Áreas de interesse: Gestão e Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas, Plano Diretor, Administração de Recursos, Gestão Logística, Filosofia da Educação, Existencialismo, Ética e Discurso, Filosofia da Ciência, Meteorologia, Poder, Verdade e Sociedade em Foucault, Filosofia Jurídica e autores como Heidegger, Bauman, Habermas, Foucault, Derrida, Deleuze, Sofistas, Nietzsche, Sartre, Hannah Arendt, Freud, Carlos Roberto Gonçalves e Giovanni Reale.