A Uber chegou à Bahia em 7 de abril de 2016 e, de lá para cá, já cadastrou mais de 18 mil motoristas em todo estado. Atualmente, o serviço opera em Salvador e região metropolitana, além de Feira de Santana e Juazeiro, mas os passageiros assíduos no serviço de transporte particular podem começar a comemorar. É que a Uber vai passar a atuar, ainda, em Vitória da Conquista, Itabuna, Ilhéus e Porto Seguro.

A previsão é de que a Uber esteja disponível para os conquistenses a partir desta quarta-feira (22) e para quem mora em Itabuna e Ilhéus, o prazo é sexta-feira (24). Já os moradores de Porto Seguro vão poder usufruir dos serviços dentro de uma semana, no dia 29.

Em entrevista ao CORREIO, o gerente geral da Uber no Norte e Nordeste, Michele Biggi, disse que a tendência é que a Uber continue em expansão na Bahia. Ele informou que a plataforma não disponibiliza o número de motorista por município, mas garantiu que a quantidade de servidores também tende a crescer.

“Continuaremos acompanhando de perto o desenvolvimento da região. Desde o lançamento em Salvador, vimos o mercado local crescer vertiginosamente. A chegada da Uber mudou o comportamento de centenas de milhares de baianos e deu a eles uma opção confiável e acessível de se mover pelas cidades, além de dar oportunidade de geração de renda a milhares de motoristas parceiros. A intenção é que, em breve, muitas outras cidades baianas disponham da plataforma”, salientou.

Michele Biggi comentou, ainda, o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, que pode mudar as tarifas do serviço. “Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que a Uber é a favor de regulações justas e modernas, que usam a tecnologia em favor das pessoas e das cidades”, disse. O diretor da Uber no Norte e Nordeste afirmou que implementar regulações com um perfil moderno só traz benefícios.

“Aos usuários, que têm a opção de escolher a melhor forma de se locomover, motoristas parceiros, que podem confiar nessa fonte de geração de renda, empresas, que conseguem atuar de forma competitiva, e ao poder público”, afirmou, citando como exemplos os modelos adotados por Vitória, no Espírito Santo, Brasília, e São José dos Campos, em São Paulo.

Conforme Biggi, a lei em tramitação em Brasília, que teve o texto original aprovado na Câmara, cria limites artificiais. “Tentativas de enquadrar inovações em moldes antiquados que privam os cidadãos de seu direito de escolha, passou pelo Senado com emendas importantes que eliminam muitos desses entraves. Continuamos acompanhando de perto essa movimentação em Brasília, confiantes de que as vozes de mais 17 milhões de usuários e 500 mil motoristas parceiros de todo o país não serão ignoradas”.

Violência

Após alguns casos de violência envolvendo o serviço de transporte particular, o diretor afirmou que a tecnologia foi uma das ferramentas mais utilizadas pela plataforma para inibir essas ações.

“Antes de entrar em qualquer mercado, levamos em consideração esse cuidado com a segurança e estamos constantemente desenvolvendo nossas soluções de tecnologia no intuito de contornar esses desafios. A Uber oferece camadas de tecnologia que agregam segurança antes, durante, e depois de cada viagem, tanto para os usuários quanto para os motoristas parceiros”, salientou Biggi.

Para Biggi, a Bahia está entre os mercados mais importantes da Uber no Nordeste e, por isto, o estado tem sido acompanhado de perto, tendo como consequência o lançamento da plataforma em outras cidades. Ele, no entanto, não deu estimativas de preços cobrados na Bahia, comparado a outros estados.

Concorrentes

Há quase dois anos operando em Salvador, hoje a Uber divide espaços com alguns concorrentes. Além de outros aplicativos que funcionam nos mesmos moldes, empresas de táxistas também passaram a investir em descontos para atrair mais usuários.

Para Michele Biggi, no entanto, esta concorrência é vista pela Uber como algo positivo, pois permite ao usuários e motoristas parceiros mais escolhas de como se locomover nas cidades. “Gera renda. É importante ressaltar que não é a Uber que contrata os motoristas, mas os motoristas que contratam a Uber – eles escolhem usar o aplicativo, de forma não exclusiva, para encontrar usuários na sua região e fornecer seus serviços de transporte individual privado”, explica.

E completa: “Acreditamos que, para encarar o desafio da mobilidade nas grandes cidades, é preciso oferecer uma gama cada vez mais ampla de opções de transporte às pessoas. A Uber faz a intermediação de um modo novo de se locomover pelas cidades. De um lado, as pessoas querem opções para deixar de usar ou mesmo deixar de ter um carro particular. Do outro, milhares de brasileiros estão buscando uma forma de complementar a sua renda de forma flexível e sendo seu próprio chefe. Nos dois casos, é benéfico que as pessoas tenham o direito de escolher o melhor serviço para elas”, concluiu.

Michele Biggi afirmou que ações e estratégias já estão sendo pensadas para o Verão e Carnaval mas não pôde, porém, adiantar detalhes desta programação.

Informações do Correio da Bahia

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