Apesar da importância que tem na economia, a indústria brasileira está aquém do seu potencial produtivo. Essa é a avaliação do gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Na visão do especialista, incluir o aumento da produtividade na agenda do desenvolvimento da indústria e reduzir os obstáculos que aumentam os custos da produção são fatores que podem sanar o problema.

Durante seminário promovido na Câmara dos Deputados na última terça-feira (7), Castelo Branco informou que o segmento tem uma participação de 21,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na ocasião, o especialista citou alguns pontos que poderiam melhorar a produtividade do setor. “Nós precisamos fazer com que produzir no Brasil custe menos. os custos associados ao salário, os encargos, têm que ser menores. Com mais produtividade, os salários vão crescer”, disse.

Para o professor titular de Economia Política da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FD/USP), Gilberto Bercovici, os demais setores da economia são fundamentais para o Brasil. “Não existe país algum no mundo que se desenvolveu simplesmente com uma economia baseada em serviços, só com produtos primários. Eles têm uma base industrial”, afirma.

Dados da Confederação Nacional da Indústria comprovam isso. Segundo a CNI, o setor é responsável por 22,2% do emprego formal, 22% da massa de salários e por 38,1% das exportações.

Uma pesquisa apresentada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que este ano o país cresceu 2,6% na produção industrial em relação a 2016. Se comparado ao último trimestre, o resultado é o melhor desde 2013, com destaque para Bahia, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Goiás.

Agência Rádio Mais – Por Marquezan Araújo

 

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