13 de dezembro de 2024

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que cerca de 396 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue ao redor do mundo por ano. Dessas, apenas 96 milhões apresentam os sintomas da doença e aproximadamente 294 milhões têm dengue assintomática, ou seja, não manifestam os sinais e sintomas e nem chegam a saber que foram infectadas pelo vírus por meio do mosquito Aedes aegypti.

“Essa situação é alarmante, pois há possibilidade do indivíduo infectado pela segunda vez ter mais chance de desenvolver a forma grave da doença, que pode levar ao óbito”, explica a Diretora Médica da Sanofi Pasteur, Sheila Homsani. São quase 300 milhões de pessoas – mais do que toda a população brasileira – que correm maior risco de, em uma infecção secundária, desenvolver dengue grave, sem nem saberem que já foram contaminadas pelo vírus uma primeira vez.

Diferença entre dengue clássica e grave

Segundo a classificação da OMS, a dengue pode ser classificada como: clássica com ou sem sinais de alarme e dengue grave. A doença sem sinais de alarme apresenta sintomas como febre alta (acima de 38º), enjoo, manchas avermelhadas na pele, dor de cabeça e muscular, diminuição de leucócitos no sangue – células de defesa do nosso organismo – e “teste do torniquete positivo”, ou seja, fragilidade dos vasos capilares. Já com sinais de alarme, o paciente manifesta também vômito persistente, dor abdominal, acúmulo de líquidos, edemas (inchaço), sangramento de mucosas e aumento da concentração de células vermelhas no sangue com concomitante queda de plaquetas, o que pode aumentar os sangramentos.

Já o paciente que desenvolve dengue na forma grave, apresenta também sangramento intenso, choque e disfunção de órgãos.

Segundo Sheila Homsani, circulam de forma imprevisível pelo mundo quatro tipos de vírus da dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). “Não há correlação entre gravidade e sorotipo da dengue. Um indivíduo que seja infectado por qualquer um dos 4 sorotipos pode desenvolver a forma grave da doença”, explica.

Não há tratamento específico contra o vírus da dengue, apenas os sintomas podem ser tratados com medicação específica, além de repouso e hidratação. O melhor caminho no combate à doença é a prevenção.

Referências:
1. World Health Organization (WHO). Dengue and severe dengue. Fact sheet No. 117. [Internet] Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/index.html. Acesso em: 2017 Jul 25.
2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). População do Brasil. [Internet] Disponível em: http://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/. Acesso em: 2017 Jul 25.
3. World Health Organization (WHO). Dengue: Guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. [Internet] Disponível em: http://www.who.int/tdr/publications/documents/dengue-diagnosis.pdf. Acesso em: 2017 Jul 25.

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